A Rainha do Sul
Imagens: Divulgação/USA Network
Alice Braga em cena da terceira temporada de A Rainha do Sul; série tem boa audiência nos EUA
JOÃO DA PAZ
Publicado em 25/7/2018 - 5h20
Há três anos como estrela de A Rainha do Sul, Alice Braga ganhou os norte-americanos, e sua série conquistou um público fiel. Com cinco episódios da terceira temporada já exibidos no canal USA Network, o drama no qual Alice interpreta uma traficante mexicana mantém boa audiência e vai na contramão de derrocada padrão na TV dos EUA.
A média de telespectadores por episódio da atual temporada de Queen of the South, como é chamada pelos americanos, é de 1,124 milhão. No ano passado, a média dos cinco primeiros episódios foi de 1,122 milhão. Ou seja, a série até ganhou público, enquanto o natural seria perder telespectadores.
Mesmo em comparação com a primeira temporada, houve uma queda de apenas 172 mil pessoas, ou 13% do público inicial. O índice é irrisório se comparado ao de outras produções. A Rainha do Sul é uma exceção à regra que atinge todo o universo das séries: a tendência é o público fugir a cada temporada.
Veja o exemplo de Shooter, atração do USA Network exibida no mesmo período de Rainha do Sul e que também está na terceira temporada. O drama, que no Brasil está disponível na Netflix, perdeu 45% dos telespectadores entre a primeira e a terceira temporadas, computados os dados dos cinco primeiros episódios. Em números absolutos, mais de meio milhão de pessoas abandonaram a série.
Uma das séries mais populares da TV paga americana, Fear the Walking Dead teve uma fuga de público ainda mais impressionante. O filhote do drama zumbi estreou em 2015 com média de 7,756 milhões nos cinco primeiros episódios. O terceiro ano teve somente um terço desse número, uma fuga de 5 milhões de pessoas.
EUA, México e Europa
Mesmo com mudanças na trama, o público, embora pequeno, se mostra fiel à Rainha do Sul. O começo da série foi alucinante, com a personagem de Alice Braga, a esperta mexicana Teresa Mendoza, sempre precisando mostrar que poderia ser uma soldada leal da poderosa traficante Camila Vargas (Veronica Falcón).
Desde de um teste de fidelidade brutal e de precisar engolir e vomitar papelotes de cocaína, Teresa passou por todo tipo de dificuldade. Teve inclusive de escapar de uma tentativa de estupro.
No segundo ano, essa ação estilo MacGyver foi substituída por uma história mais novelesca. Isso ocorreu devido a uma mudança no cargo de showrunner (a pessoa que dita o rumo da série). Quem assumiu as rédeas foi Natalie Chaidez, produtora com passagens por The Client List (2012-2013) e Heroes (2006-2010).
Os melodramas de Teresa não afugentaram o público, interessados em saber como aquela jovem meiga se tornou uma das maiores traficantes de drogas do mundo. Conforme os episódios avançaram, ela ficou mais poderosa, a ponto de bater de frente com Camila.
Na terceira temporada, após fugir dos Estados Unidos, Teresa encontra um lar em Malta, ilha situada ao sul da Itália. O time de produção de Rainha do Sul passou seis dias filmando no país europeu, registrando as novas aventuras de Teresa, que foram mostradas nos episódios iniciais.
A terceira temporada de Rainha do Sul estreia no Brasil no começo do ano que vem, agora na programação do canal TNT Séries. As duas primeiras temporadas foram ao ar no canal Space.
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