Taís morre à toa em Paraíso Tropical e fica longe de recorde de audiência

A morte de Taís (Alessandra Negrini) em Paraíso Tropical não fez nem cócegas na audiência da Globo na tarde de terça (16). As cenas não tiveram o mesmo efeito da exibição original em 2007, quando asseguraram um dos recordes da novela. Em direção contrária, o Vale a Pena Ver de Novo registrou o pior resultado às terças-feiras em três semanas --com 14,3 pontos na Grande São Paulo.

As reprises vespertinas se tornaram ainda mais importantes para alavancar o Ibope da emissora no horário nobre com o fim de Malhação (1995-2020). Mas o folhetim de Gilberto Braga (1945-2021) e Ricardo Linhares enfrenta dificuldades para cumprir essa missão.

Em sua 20ª semana de exibição, Paraíso Tropical até alcança índices próximos da segunda reprise de Mulheres Apaixonadas --só que ela não foi considerada exatamente um êxito.

A terceira reapresentação de O Rei do Gado, à essa altura, já trazia um retorno considerável para toda a programação da Globo. O repeteco de A Favorita também apresentava médias acima dos 16 pontos no mesmo período.

O desempenho aquém do esperado de Paraíso Tropical afeta diretamente No Rancho Fundo, que não viu grandes efeitos da morte de Taís em sua audiência. Família É Tudo igualmente não foi beneficiada.

Renascer chegou aos 28 pontos, mas foi alavancada pela final do BBB 24. O reality show teve a maior audiência em uma decisão desde a vitória de Juliette Freire, em 2021.

Mundo invertido

Paraíso Tropical pode até não ser um sucesso em São Paulo, que é o maior mercado publicitário do país, mas vai bem no Rio de Janeiro. Um dos fatores para os bons resultados é a identificação dos moradores da capital fluminense, já que a história se passa em Copacabana.

O bairro da zona sul do Rio de Janeiro é uma espécie de microcosmo da cidade, já que pessoas de diversas regiões passam por lá diariamente, seja a trabalho ou a lazer.