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REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Antonio Fagundes como Bruno Mezenga em O Rei do Gado (1996): reprise decidida na 'canetada' dá certo
Em sua terceira reprise dentro do Vale a Pena Ver de Novo, O Rei do Gado (1996) rende novamente bons frutos para a Globo. A novela só entrou no ar em novembro por causa da "canetada" do diretor Amauri Soares, que contrariou a equipe e decidiu exibir a trama de Benedito Ruy Barbosa. O público aprovou a escolha, e a audiência nacional é a melhor da faixa desde a reprise de Laços de Família (2000), transmitida durante o auge da Covid-19, entre 2020 e 2021.
Segundo dados obtidos pelo Notícias da TV com exclusividade, a média do folhetim protagonizado por Antonio Fagundes é de 17,4 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão), índice das 15 principais metrópoles do Brasil que tem os números de TV medidos pela Kantar Ibope Media. Sua antecessora, A Favorita (2008), teve 16,7 pontos.
Antes disso, O Clone (2001) teve 16 pontos. Ti Ti Ti (2010), exibida até o início de 2022, cravou 15 pontos. Laços de Família conseguiu 19 pontos, mas em um período com o maior número de televisores por conta das medidas de isolamento social.
Alguns fatores ajudaram a alavancar os números de O Rei do Gado. O primeiro deles, sem dúvida, foi a Copa do Mundo do Catar, entre novembro e dezembro de 2022. A novela recebia a audiência dos jogos acima dos 20 pontos e mantinha o bom número pelo seu apelo com o público masculino.
No entanto, a trama conseguiu manter os índices. Na última terça (7), por exemplo, o folhetim conseguiu seu recorde nacional desde a estreia, com 23,5 pontos de média no PNT. Os melhores desempenhos são em capitais como Rio de Janeiro, Manaus, Recife e Porto Alegre. Em São Paulo, cidade referência para investimentos no mercado publicitário, O Rei do Gado tem 16,3 pontos --também acima de sua antecessora, A Favorita, que alcançou 15,7 pontos.
O Rei do Gado foi exibida originalmente entre junho de 1996 e fevereiro de 1997. Está em sua terceira reprise no Vale a Pena Ver de Novo. Sua última exibição foi em 2015, e também teve bom desempenho: 20 pontos de média geral no PNT. Em alguns dias, a trama chegou a ser mais vista do que as novelas das seis e das sete da época.
Por conta de todo este histórico e do sucesso do remake de Pantanal (2022) no horário das nove da Globo, o diretor de Programação da emissora, Amauri Soares, decidiu contrariar sua equipe. Até então, a história mais cotada para ser exibida após A Favorita era Mulheres Apaixonadas (2003).
Soares, no entanto, decidiu reprisar a saga dos Mezenga e Berdinazzi. A determinação foi tão surpreendente que a primeira chamada da novidade, mostrada no último capítulo de Pantanal, em outubro, foi praticamente igual ao anúncio da exibição de 2015 --contando apenas com pequenos cortes.
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