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DAY MCCARTHY

Justiça condena influenciadora que xingou filha de Bruno Gagliasso de 'macaca'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Bruno Gagliasso e Titi Ewbank Gagliasso: alvo de ataques racistas, menina ganha indenização alta

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REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 23/8/2024 - 14h57
Atualizado em 23/8/2024 - 18h16

Errata: Ao contrário do informado anteriormente, a Justiça ainda não decretou formalmente a prisão de Day McCarthy.

A Justiça do Rio de Janeiro condenou Day McCarthy pelos xingamentos racistas à Titi Ewbank Gagliasso. A empresária chamou a filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso de "macaca" em vídeos publicados em sua conta do Instagram em 2017. Os pais da menina só conseguiram entrar com uma denúncia quatro anos depois, em 2021.

A brasileira foi condenada a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado. Em fevereiro, Day recorreu da decisão na esfera cível, mas ainda assim foi condenada criminalmente por racismo pelo Ministério Público.

O Notícias da TV teve acesso à sentença da indenização, assinada pelo juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 32ª Vara Cível do Rio. À reportagem, o representante jurídico de Day informou que a defesa vai retomar o processo preparar mais um recurso. "Vamos nos manifestar sobre como ela recebeu essa informação da sentença", declarou Gil Ortuzal.

A influenciadora deverá pagar R$ 180 mil pelos insultos, mas o advogado da família revelou à reportagem que o valor passará de meio milhão com juros e correção monetária. Day foi julgada à revelia, quando um réu é comunicado oficialmente sobre o processo, mas não se defende perante o juiz.

Giovanna e Gagliasso publicaram uma carta aberta nas redes sociais, nesta sexta-feira (23), para comunicar o desfecho do caso, que se desenrola desde a abertura da ação em 2021.

Leia abaixo o pronunciamento na íntegra:

"Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde.

Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas --aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmesurado. Demos voz aos idiotas?

Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.

Essa á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade.

Seguimos confiantes na atuação consistente do judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos – enaltecemos também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro pela atuação firme e combativa. E somos gratos à advogada Juliana Souza e sua equipe que nunca nos deixou esmorecer.

Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar".

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