Ex-Malhação, atriz diz não se envergonhar de internação em clínica de reabilitação

A atriz e apresentadora Renata Sayuri, que interpretou a Kira no Band Kids (2000-2001), desabafou após deixar a clínica de reabilitação. Ela falou sobre os problemas psicológicos que enfrenta e também sobre o vício em drogas. "Não tem que ter medo ou vergonha para procurar ajuda e tratamento a seus diagnósticos", refletiu. 

Por meio de vídeo publicado no Instagram, a artista comentou sobre a repercussão de sua última internação e explicou que decidiu falar sobre o assunto como forma de ajudar outras pessoas também. 

"Há 20 anos, quando tive meu diagnóstico, procurei uma terapeuta psicanalista, e a questionei como deveria agir em sociedade, se eu poderia falar para as pessoas e contar meu diagnóstico. Com a experiência dela, ela achou que era melhor não. Não que eu devesse esconder, mas não aconselhou que eu colocasse o assunto de forma aberta", iniciou. 

Ela tinha razão. Há 20 anos, havia pessoas usando a doença como maneira de segregar as pessoas. Hoje, quando falo a respeito disso, não tenho mais o pavor ou o medo terrível de segregação, de preconceito, de ficar sem trabalho, sem amigos, de ficar à parte na sociedade. 

 "A internação, às vezes, é necessária. Há hospitais preparados para o acolhimento humanizado. Encontrarão profissionais preparados para acolher adictos, como também quem tem problemas psiquiátricos, como eu", completou a atriz. 

Carreira artística

Renata Sayuri começou na TV em 1997, como assistente de palco na primeira fase do programa Fantasia (1997-2000), do SBT. Logo na sequência, ela ganhou o público infantil como Kira, personagem que anunciava animes no Band Kids.

Depois, ela decidiu buscar oportunidades como atriz, atuando em tramas como Pequena Travessa (SBT, 2002) e Revelação (SBT, 2008), além de ter feito participações no infantil Sítio do Picapau Amarelo (2001-2007) e em Malhação (1995-2020).

Seu último trabalho como atriz foi no filme Deixe-me Viver (2016), trama espírita com direção de Clóvis Vieira. Durante a pandemia, ela se mudou para o interior de Minas Gerais, onde tem vivido uma fase reclusa.