Juliano Cazarré é um ator brasileiro conhecido pelos papéis de destaque em várias novelas e filmes nacionais. Esteve nos folhetins da Globo Avenida Brasil (2012), Amor à Vida (2013), O Outro Lado do Paraíso (2017), Amor de Mãe (2019) e Pantanal (2022).
Também teve destaque em longas como Tropa de Elite (2007), Assalto ao Banco Central (2011), Febre do Rato (2011), Serra Pelada (2013) e Dente por Dente (2020).
O artista nasceu em 24 de setembro de 1980 em Pelotas, no Rio Grande do Sul. A família dele se mudou para Brasília pouco tempo depois do seu nascimento.
Começou a fazer teatro ainda no ensino médio, quando participou de uma feira cultural no colégio. Avesso às disciplinas exatas, formou-se em Artes Cênicas na Universidade de Brasília (UnB).
"Foi meu pai que sugeriu que eu fizesse vestibular para Artes Cênicas. Segui o conselho, mas fiz também para Comunicação, Jornalismo, que era uma coisa que eu tinha achado que faria a vida inteira. Mas logo eu fui me apaixonando pelo curso de Artes Cênicas. Todo mundo falando que era loucura, que a vida [de ator] é muito doida", lembrou ele em entrevista ao Gshow.
Mudou-se para São Paulo em 2007 com a intenção de fazer mais testes e começou a dar os primeiros passos na carreira artística.
O primeiro papel de destaque na TV foi como Téo em Alice (2008), série exibida pela HBO Brasil. Depois, emendou trabalhos no cinema e esteve em longas como A Concepção (2005), Nome Próprio (2007) e O Magnata (2007).
O gaúcho fez parte do elenco de Tropa de Elite (2007), sucesso nacional dirigido por José Padilha. Na trama, Cazarré interpretou o soldado Reginaldo (Tatu), integrante da equipe do Capitão Nascimento (Wagner Moura). O filme tem como tema principal a violência urbana no Rio de Janeiro e mostra o trabalho do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar.
Estreou nos folhetins em Insensato Coração (2011), no qual viveu Ismael Cunha --bandido que se tornou capanga de Norma (Gloria Pires). O ator afirmou que se assustou com a repercussão do personagem entre o público.
"Estou um pouco assustado com essa coisa das pessoas me reconhecerem. Porque o Ismael tem esse jeitão expansivo... Depois que eu conheço as pessoas, até tenho alguma coisa assim no meu jeito de falar, sou brincalhão. Mas, a princípio, eu sou bastante tímido. Porém, foi para isso que eu vim ao Rio de Janeiro, para fazer uma novela, para ter mais espaço para o meu trabalho. É um pouco assustador, mas é muito gratificante", contou na época.
Mas o grande destaque na carreira chegou com o analfabeto Adauto em Avenida Brasil (2012). Na novela escrita por João Emanuel Carneiro, ele viveu o segundo craque do Divino Futebol Clube, depois de Jorge Tufão (Murilo Benício). O rapaz trabalhava também como gari e escondia de todo mundo que usava chupeta.
Depois de sofrer uma desilusão amorosa com Muricy (Eliane Giardini), Adauto encontrou o amor com Olenka (Fabíula Nascimento), que curou seu trauma de futebol. O personagem rendeu a Cazarré o Troféu Domingão - Melhores do Ano na categoria melhor ator coadjuvante.
Emendou outras novelas na emissora da família Marinho, como Amor à Vida (2013), A Regra do Jogo (2015) e O Outro Lado do Paraíso (2017). Em 2019, interpretou Magno em Amor de Mãe (2019) e contracenou com Regina Casé, que viveu a protagonista Lurdes.
Foi chamado para dar vida a Alcides no remake de Pantanal (2022). A escalação, no entanto, acabou virando uma polêmica após notícias de que o ator teria recusado se vacinar contra a Covid-19. Cazarré, então, negou a informação e esclareceu que seguiria as orientações da emissora, caso a imunização fosse a "condição para que participe de Pantanal".
Na primeira versão da trama, exibida em 1990 pela Manchete, o personagem foi interpretado por Ângelo Antônio. Na história original de Benedito Ruy Barbosa, Alcides foi um dos maiores destaques ao protagonizar uma cena fortíssima: ele foi castrado pelo marido de sua amante.
O artista escreveu um livro de poemas, intitulado de Pelas Janelas e lançado em 2012. Também dirigiu o curta-metragem A Roza (2014).
Participou das peças de teatro Álbum Wilde (2000), Rosa Negra - Uma saga Sertaneja (2002), Eu, Você, Gregos e Troianos (2005), Adubo ou a Sutil Arte de Escoar Pelo Ralo (2005/2014), A Obscena Senhora (2007), Um Bonde Chamado Desejo (2016) e Paixão de Cristo de Nova Jerusalém (2019).
Casados no civil desde 2011, Juliano e a bióloga Letícia Bastos se uniram também em uma cerimônia religiosa em agosto de 2020 após nove anos de relacionamento. No mesmo dia, o ator reuniu os parentes na Paróquia São José da Lagoa (RJ) para seu casamento, o batizado dos filhos e a primeira comunhão da mulher.
O artista é pai de quatro crianças: Vicente, Inácio, Gaspar e Maria Madalena. Além disso, Letícia Cazarré atualmente está grávida do quinto herdeiro do casal.
Juliano é filho de Maria Luiza Cazarré e do escritor infanto-juvenil Lourenço Cazarré, jornalista que ganhou o Prêmio Jabuti de 1998 com Nadando Contra a Morte. O ator é sobrinho-neto dos atores e dubladores Older Cazarré (1935-1992) e Olney Cazarré (1945-1991).
O ator é bastante ativo nas redes sociais e compartilha sua vida pessoal e profissional. Veja os números dele, até março de 2022.
41 anos.
Libra.
1,80 metros.
O ator é católico.
O artista mora no Rio de Janeiro.
Não.