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CACHORRADA

TV Colosso teve 'troca de sexo' e gravação de madrugada; veja 7 curiosidades

Fotos: Divulgação/TV Globo

Bonecos que representam os personagens Priscila e JF montam uma árvore de Natal no estúdio do programa

Capachão, Priscila e JF em cena da TV Colosso (1993-1997), programa que marcou época na Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 3/6/2021 - 6h45

Uma turma de cachorros que comanda um canal de televisão foi a fórmula do sucesso encontrada pela Globo para substituir o Xou da Xuxa (1986-1992) nas manhãs das crianças brasileiras. A TV Colosso estreou em 1993 para ficar quatro meses no ar, enquanto Angélica não assumia o horário. Porém, os apresentadores caninos ganharam o coração do público infantil da época, e o programa se estendeu durante quatro anos e 998 episódios.

Dubladores, roteiristas e manipuladores de bonecos fizeram o programa acontecer até 1997, quando a Globo rescindiu o contrato e colocou o Angel Mix no ar. Confira sete curiosidades sobre a TV Colosso:

Dirigido por Boninho

O diretor conhecido por comandar o Big Brother Brasil está à frente de produções da Globo desde 1984. Quando o Xou da Xuxa se aproximava do fim, foi J. B. Oliveira, o Boninho, quem ficou com a missão de encontrar um programa infantil para substituí-lo.

BBB7 teve quarto em homenagem a TV Colosso

O "big boss", então, buscou o grupo de teatro de bonecos 100 Modos, que vinha fazendo sucesso nos palcos do Brasil. Juntamente com Luiz Ferré e Beto Dornelles, colocou o programa no ar. 

Nostálgico, escolheu homenagear a do TV Colosso dez anos após o fim. O BBB7 ganhou um quarto com o tema do infantil. A decoração incluía camas com cabeceira de cachorros e almofadas em forma de ossos. 

Priscila 'trocou de sexo'

Priscila, a encantadora cadela que fazia o papel de produtora da TV Colosso, não deveria se chamar assim. A princípio, a personagem seria macho, um capitão de nave espacial. Ele foi convertido na carismática cachorrinha quando os criadores do programa viram que as características de suas colegas de set poderiam ser proveitosas para a trama. 

"Tinham três figuras femininas que eu gostava muito: a produtora, a maquiadora e a produtora de casting. Quando a gente começou a pensar em roteiro, viu que estava faltando essa figura feminina que está lá dentro, que manda em todo mundo", revelou Luiz Ferré em entrevista ao UOL. 

Dublagem em altas horas

As vozes dos personagens da TV Colosso eram feitas de madrugada. Em entrevista ao Notícias da TV, Mônica Rossi, que estava por trás de Priscila, revelou que isso acontecia por ser o único momento que o elenco de dubladores tinha disponibilidade. "Nossa rotina era chegar na Globo às 20h e sair na hora em que acabasse, podia ser 2h, 3h da manhã", contou a artista. 

É que, além do programa infantil, os atores trabalhavam em outras produções durante o dia, como filmes e séries. 

No início das gravações, a rotina era ainda mais esgotante, já que as vozes e personalidades dos personagens ainda não estavam definidas. "A gente fazia uma dupla jornada: ia para o estúdio [da Globo] com os fantoches para gravar, fazendo uma voz guia. Depois do programa editado, ia para a sonorização para colocar a voz final", relembrou Mônica. 

Vozes conhecidas

Os personagens da TV Colosso ganhavam voz pelo trabalho de dubladores famosos, que estavam em outras produções de grande audiência. O diretor de dublagem era Mário Jorge de Andrade, também responsável pelas falas de Gilmar, Malabi, Dentinho e Bob Dog. Ele é quem está por trás de Eddie Murphy e John Travolta na versão brasileira de seus filmes. 

Mônica Rossi, que dublava a Priscila, também fez outros personagens, como a Cuca, do Sítio do Picapau Amarelo (2001-2007), e Esmeralda, de O Corcunda de Notre Dame (1996). 

Outra voz conhecida no TV Colosso era a de Carlos Seidl, que dublava Seu Madruga no seriado Chaves, bem como na sua versão em desenho. 

Roteiristas notáveis

Luiz Ferré também era cartunista e, por isso, chamou seus colegas dos desenhos para roteirizarem o programa. "Eu sou cartunista, gosto de charges, falei: 'Vamos chamar uns camaradas cartunistas, que tenham uma coisa gráfica, que usam grafismo como ferramenta de ideia'", contou ao site Risca Faca. 

Os episódios tiveram dedos de Laerte, Angeli, Glauco (1957-2010) e Luiz Gê. "A gente tinha reuniões de pauta em que eu participava, em que passava todas as ideias. Aí todo o mundo ia pra casa e começava a mandar os textos pro Laerte, que fazia um filtro e mandava pra Globo", detalhou. 

Cachorros gigantes

A TV Colosso misturava várias técnicas de bonecos. Enquanto Roberval, Gilmar, Waltinho e as pulgas eram fantoches, controlados com mãos e varetas, Priscila, JF e Capachão eram fantasias que chegavam a dois metros. 

O peso desses cachorros gigantes fazia com que dois bailarinos tivessem que se revezar para interpretá-los. Além disso, os cenários eram criados em muitas dimensões, já que os personagens variavam de tamanho. 

"A mobilidade que existia pra uns e outros era diferente. Os grandões tinham que ser muito mais estáticos, dentro de um cenário determinado, ao passo que com os pequenos a gente tinha muita mobilidade de mudar a história, de inventar", relembrou o roteirista Luiz Gê ao Risca Faca. 

Cachorros e atores

A TV Colosso fez sucesso e, por isso, não se limitou às manhãs: teve especiais de Natal nos anos de 1993 e 1994. Em 1995, o programa extra foi em comemoração foi ao Dia das Crianças. E, nessa edição, pela primeira vez, os cachorros interagiram com atores reais. 

Sandy & Junior com fantoche do Jaca Paladium

O especial contou com Renato Aragão, Dedé Santana, Xuxa, Regina Casé, Tom Cavalcante e a dupla Sandy & Junior. Os cachorros também invadiram a academia da Malhação, e o elenco da novela juvenil participou da edição. 

No mesmo ano, estreava o filme Super-Colosso: A Gincana da TV Colosso (1995). O longa-metragem contou com a participação de Luana Piovani, Marcelo Serrado e Camila Pitanga. 

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