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Reprodução/TV Globo
José Bonifácio de Oliveira, o Boninho, durante participação no Show dos Famosos, em abril deste ano
DANIEL CASTRO
Publicado em 27/8/2018 - 5h47
Atualizado em 28/8/2018 - 15h00
Principal referência em reality shows no Brasil, José Bonifácio de Oliveira, o Boninho, vai se aventurar na produção de séries. Hoje um dos principais executivos de criação da Globo, estará por trás de um especial de fim de ano chamado Cinema Olympia, sobre uma boy band. Se der certo, o especial poderá entrar na programação de ficção semanal de 2019.
Cinema Olympia mostrará o cotidiano de um grupo de garotos que formam uma banda, mas não têm um lugar para ensaiar. Eles acabam encontrando um abrigo em um cinema abandonado e fazem um enorme sucesso.
O texto será do cineasta e roteirista Jorge Furtado, autor de Nada Será Como Antes (2016) e de Mister Brau (2015-2018). A direção caberá a Paulo Silvestrini, que fez parceria com Cao Hamburger na última temporada de Malhação. O elenco ainda está sendo escolhido, mas será formado por atores novos.
O especial ficará sob o guarda-chuva de Boninho, e não sob o de Silvio de Abreu, que é o diretor de teledramaturgia e sob quem estão todos os demais produtos dramatúrgicos da Globo.
Hoje, a emissora tem quatro executivos no comando a área artística: Abreu, com novelas e séries; Boninho, com programas de entretenimento (Big Brother Brasil, The Voice, Popstar, Mais Você, Encontro, Vídeo Show); Ricardo Waddington, também com programas de entretenimento (Domingão do Faustão, Altas Horas, Caldeirão do Huck); e Monica Albuquerque, que administra os recursos artísticos.
Diferentemente de Ricardo Waddington, que já foi diretor-geral de novelas (Avenida Brasil, Mulheres Apaixonadas), Boninho tem pouca experiência na dramaturgia. A mais recente foi Tomara que Caia, formato que reunia humor e interatividade com improviso, mas que não resistiu à turbulenta temporada de 2015.
Boninho, no entanto, é um expert em universo musical, ao qual pertencerá Cinema Olympia. Filho de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que comandou a emissora entre os anos 1970 e final dos 1990 e implantou o chamado "Padrão Globo de Qualidade", Boninho começou a carreira na TV dirigindo programas de videoclipes, nos anos 1980, e decolou com infantis que tinham uma forte pegada musical, na década seguinte.
Nos anos 2000, veio a virada. Boninho estourou com No Limite, reality show de resistência gravado no Ceará. Em 2002, salvou Big Brother Brasil do naufrágio ao assumir o comando do reality no decorrer da primeira temporada.
Em 2014, o marido de Ana Furtado finalmente foi reconhecido como um grande produtor-executivo, o profissional que não necessariamente vai para o set de gravações ou para o switcher (sala de comando), mas que está por trás de todas as decisões importantes que envolvem um produto televisivo.
Em uma reformulação da estrutura da Globo, Boninho foi escolhido por Carlos Henrique Schroder, diretor-geral, como diretor de programas de variedades, assumindo a liderança de centenas de profissionais, envolvidos hoje em oito programas de linha. Neste ano, virou jurado do Show dos Famosos, quadro do Domingão do Faustão.
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