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BRUNA GOSLING

Repórter acumula função no SporTV e vence batalha contra a Globo na Justiça

REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Bruna Gosling, com a camisa do SporTV na cobertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012

Bruna Gosling: repórter do SporTV venceu processo contra a Globo na Justiça do Trabalho

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 11/12/2021 - 7h00

Uma das principais repórteres esportivas do SporTV na década passada, Bruna Gosling venceu um processo trabalhista que movia contra a Globo. A jornalista pedia o pagamento por acúmulo de funções na Redação e o reconhecimento de horas extras acumuladas. Ela teve os pedidos parcialmente atendidos e ganhou R$ 20 mil.

O Notícias da TV teve acesso ao processo. Na petição inicial, Bruna disse que foi contratada inicialmente como PJ (Pessoa Jurídica). Neste modo, o profissional abre uma microempresa e recebe mediante emissão de notas fiscais. O dinheiro bruto pago costuma ser maior nesses casos, mas o trabalhador fica sem direitos da carteira assinada. Posteriormente, a Globo passou a registrá-la nos moldes da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho).

A jornalista também alegou que foi contratada inicialmente como assistente de produção no SporTV em 2003, sendo sucessivamente promovida. Entre as funções em que atuou, está a de repórter, pela qual cobriu grandes eventos. Por fim, foi editora de programas até ser demitida em 2019.

Bruna disse que atuou durante 16 anos no Grupo Globo sem registro. Mesmo contratada como repórter ou produtora, ela argumentou no processo que tinha outras funções na empresa, mas não era remunerada por nenhuma delas.

Para explicar sua tese na ação, a repórter listou que atuava como produtora, editora e roteirista do programa SporTV Repórter. Posteriormente, foi promovida para editora, mas sem aumento salarial --ela recebia o mesmo valor de quando era repórter.

Dos cinco pontos citados no processo, a Justiça só concedeu dois ganhos. A petição inicial pedia uma indenização de R$ 50 mil, mas a 1ª Vara Cível do Rio de Janeiro, que analisou o caso, determinou o pagamento de R$ 20 mil. A Globo foi condenada a pagar as custas processuais. O caso ainda cabe recurso de ambas as partes.

A emissora tem sofrido com processos trabalhistas e cíveis por causa da onda de demissões que aconteceram nos últimos anos, especialmente após a implantação do projeto Uma Só Globo, que unificou todas as áreas do negócio. Ao todo, segundo levantamento feito recentemente pelo Notícias da TV, cerca de 17 mil ações estão correndo contra o grupo na Justiça. 

Procurada, a Globo informou que não comenta casos jurídicos.


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