LEILA CRAVO
REPRODUÇÃO/RECORD
Leila Cravo em entrevista ao Domingo Show: atriz fez sucesso nos anos 1970, mas caiu em desgraça
REDAÇÃO
Publicado em 22/12/2019 - 14h33
O Domingo Show levou ao ar hoje (22) uma entrevista com Leila Cravo, uma famosa atriz da década de 1970, que chegou a participar do Fantástico. Ela viu sua carreira cair em desgraça em novembro de 1975, quando foi encontrada nua e ferida na avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro, em frente a um motel badalado da cidade.
A entrevista foi ao ar originalmente em fevereiro de 2018, mas a Record resgatou o conteúdo porque Geraldo Luis não tem mais gravado materiais inéditos para o Domingo Show. O programa será comandado por Sabrina Sato a partir de 2020; o apresentador voltou ao Balanço Geral em setembro.
A entrevista com Leila Cravo foi importante para o dominical porque ela falou pela primeira vez sobre o escândalo no motel após décadas de silêncio. "Era como se eu tivesse virado uma coisa, que eu pudesse transmitir algum tipo de vírus", disse.
Na época, o inquérito concluiu que ela teria tentado o suicídio e se jogado de uma altura de 18 metros, o equivalente a um prédio de cinco andares. A versão dela é diferente. Leila afirmou que estava em dos quartos com um rapaz com quem tinha tido um romance no passado.
Quando entrou na piscina, viu que tinham mais dois homens dentro do quarto, um deles era um ministro --que não teve a sua identidade revelada. No quarto, ela teria sido xingada. "Cala a boca, fica quieta, não adianta gritar que ninguém vai ouvir. E se ouvir, ninguém vai te socorrer porque o poder aqui sou eu", relatou.
Ela contou que um revólver foi apontado para o seu olho e ela apagou. Leila foi encontrada no chão horas depois. O exame de corpo de delito mostrou que ela não foi abusada sexualmente, mas que foi violentada com uma barra de ferro.
"Se eu tivesse me jogado, se eu tivesse sido jogada, eu teria caído no mar. Um corpo com mais de 50 quilos projetado para frente, ele não volta para trás no caminho", explicou sobre a versão que foi tomada como verdade pela polícia e pela imprensa.
"Eu não confiava na imprensa definitivamente. Era uma notícia falsa atrás da outra. Foi como se houvesse um complô para me matar profissionalmente, nacionalmente", desabafou ao apresentador da Record.
A tragédia deixou várias sequelas na atriz, que sofreu um politraumatismo craniano e ficou em coma durante alguns dias. Leila também chegou a perder o paladar, o olfato e 95% da visão do olho esquerdo.
Mesmo depois de recuperada, a atriz teve dificuldades para conseguir novos trabalhos na TV. "Eu costumo dizer que o meu corpo conseguiu sobreviver, mas a minha alma, não", disse ela a Geraldo Luis.
Chamada de "o furacão sensual de década de 1970" depois de atuar em pornochanchadas como Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois (1970) e Uma Pantera em Minha Cama (1971), Leila ainda diz que não se julgava merecedora do título. "Eu não me considerava nem tão bonita quanto diziam que eu era", minimiza a ex-musa.
No auge, a atriz chegou a trabalhar em folhetins de Gilberto Braga e Dias Gomes (1922-1999) e a contracenar com Renata Sorrah, Sandra Brea e Vera Fischer.
Para ajudar a contar a história de Leila, Geraldo ainda conversou com artistas que trabalharam com ela, como Stepan Nercessian e Zélia Zamir.
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