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Juliana Caldas e Manu Trigo são atrizes com deficiências que encontraram espaço no elenco da Globo
As gravações de Um Lugar ao Sol estão a todo o vapor, e o elenco do folhetim conta com a atriz Samanta Quadrado, jovem com síndrome de Down. Mas a inclusão de PCDs (sigla para pessoas com deficiência) em produções audiovisuais não é uma novidade da trama de Lícia Manzo. Ainda que exista um longo caminho a ser percorrido, nos últimos anos, a TV brasileira já teve atrizes que deram um show de inclusão e quebraram paradigmas.
Conheça cinco mulheres com alguma deficiência que ganharam espaço e expuseram seus talentos em obras nacionais:
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Antes e depois da intérprete de Clarinha
Aos sete anos, Joana Mocarzel atuou em Páginas da Vida (2006). Assim como Samanta Quadrado, ela tem síndrome de Down. No folhetim, interpretou Clarinha, personagem que perdeu a mãe, Nanda (Fernanda Vasconcellos), e foi adotada por Helena (Regina Duarte).
Joana ficou marcada na memória dos brasileiros por sua personagem na novela. A atriz também participou do documentário Do Luto à Luta, feito pelo seu pai, o cineasta Evaldo Mocarzel. A produção aborda os desafios e preconceitos enfrentados pelas pessoas com síndrome de Down.
Atriz com deficiência auditiva, Tatá Cordazzo atuou em Tempo de Amar (2017) e Malhação - Toda Forma de Amar (2019). Ela nasceu prematura e descobriu a sua condição ainda criança.
Antes de ir para a TV, a catarinense fez peças de teatro em sua cidade natal, Balneário Piçarras, em Santa Catarina. Em 2017, estreou na Globo interpretando uma vedete do cabaré de Madame Lucerne (Regina Duarte).
Ela, que sempre sonhou em fazer novelas, ainda viveu a fonoaudióloga Sara em Malhação. Além de utilizar a leitura labial como meio de se comunicar, a atriz faz uso de aparelho auditivo desde os cinco anos.
RAQUEL CUNHA/tv globo
Juliana é uma atriz com nanismo
Em O Outro Lado do Paraíso (2017), Juliana viveu Estela, jovem rejeitada pela mãe por ser anã. Em entrevista para o Gshow, a atriz reafirmou a importância de levantar essa bandeira na história de Walcyr Carrasco: "Estou muito feliz e esperançosa para que a novela dê essa visibilidade e respeito à pessoa com nanismo e com algum tipo de deficiência".
Juliana ainda atua nos palcos e já participou de peças como A Bela e a Fera e Peter Pan, além de realizar alguns trabalhos como modelo fotográfica.
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Danieli atuou em Caras e Bocas
Primeira deficiente visual a atuar em uma novela, Danieli deu vida a Anita, par romântico de Anselmo (Wagner Santisteban) em Caras e Bocas (2009). Formada em Jornalismo e Artes Cênicas, a atriz nasceu com glaucoma e começou a perder a visão ainda criança.
Depois da trama de Walcyr Carrasco, seu rosto não foi mais visto na TV. Ela participou da peça A Farsa do Bom Marido em Curitiba e afirmou: "Amo atuar. Principalmente quando meus personagens enxergam." Já em 2013, Danieli publicou o livro Uma Viagem no Escuro, no qual relatou as dificuldades enfrentadas por ela durante um intercâmbio no Canadá.
Em Caras e Bocas, ela explicou que decorava as falas através da leitura em braile, mas também confessou a existência de desafios no mercado de trabalho: "Algumas agências de atores não me aceitaram. No jornalismo, já disseram que tinham vaga, mas, quando eu cheguei, a vaga tinha sumido".
Primeira atriz mirim com paralisia cerebral a participar de uma série da Globo, Manu interpretou Gabi, neta de Miguel (Luiz Carlos Vasconcellos) em Aruanas (2019). Ela foi diagnosticada aos sete meses e hoje, aos 14 anos, representa um marco importante na teledramaturgia brasileira.
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