SABATINA MARCADA
JOÃO COTTA/GLOBO
Jair Bolsonaro, William Bonner e Renata Vasconcellos em 2016; presidente aceitou regras do JN
erickmatheusnery.jor@gmail.com
Publicado em 5/8/2022 - 11h37
Atualizado em 5/8/2022 - 19h54
Após dois boicotes de Jair Bolsonaro (PL), a Globo venceu a queda de braço com o presidente da República, que será entrevistado ao vivo pelo Jornal Nacional. Nesta sexta (5), o político aceitou as regras da sabatina com William Bonner e Renata Vasconcellos, marcada para 22 de agosto. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também participará da rodada de entrevistas.
Segundo as informações divulgadas pela Globo à imprensa, os candidatos mais bem colocados na pesquisa do Datafolha de 28 de julho --Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) -- foram chamados para as entrevistas e precisavam confirmar presença até a noite de quinta (4).
Janones desistiu da candidatura para apoiar Lula. Bolsonaro havia condicionado aceitar a entrevista caso ela fosse realizada no Palácio da Alvorada, em Brasília. No entanto, após as eleições de 2014, a Globo decidiu realizar as entrevistas em seus estúdios com todos os candidatos.
Na madrugada de sexta, a emissora divulgou um comunicado no qual afirmava que Bolsonaro não havia aceitado essas regras. Em seguida, a assessoria do presidente voltou atrás e informou à Globo que o político decidiu comparecer aos estúdios da emissora.
O calendário das entrevistas do Jornal Nacional com os candidatos à Presidência da República ficou assim:
As entrevistas terão 40 minutos de duração e, após a transmissão ao vivo, estarão disponíveis na íntegra no Globoplay.
Bolsonaro e Lula haviam recusado os dois últimos convites da Globo para as sabatinas: em junho, com a jornalista Renata Lo Prete no podcast O Assunto; e em julho, no Central das Eleições, da GloboNews.
No programa do canal por assinatura, a jornalista Natuza Nery criticou as recusas dos candidatos: "Quando um candidato opta por não participar de uma entrevista, deixa de oferecer a você, eleitora e eleitor, o que é essencial em uma democracia: a informação. A nós, jornalistas profissionais, cabe fazer perguntas com isenção, com independência, que interessam ao público, para que ele possa se preparar para o momento do voto".
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