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PALMEIRAS X SANTOS

Globo apela, mas Téo José acredita em recorde na final da Libertadores no SBT

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Téo José com a bola da final da Libertadores no Maracanã

Téo José com a bola da final da Libertadores no Maracanã; narrador do SBT transmitirá jogo in loco

RICARDO MAGATTI

ricardo@noticiasdatv.com

Publicado em 29/1/2021 - 17h16

Prestes a ser o primeiro profissional em TV aberta a narrar do estádio um jogo de futebol durante a pandemia de Covid-19, Téo José espera recorde de audiência na transmissão do SBT da final da Copa Libertadores da América neste sábado (30). Isso apesar da estratégia da Globo, que, sem os direitos da competição, apelou ao BBB21 e vai tocar o big fone durante Palmeiras x Santos e exibir o momento nos intervalos do Caldeirão do Huck.

Contratado pelo SBT no ano passado para ser a voz da emissora de Silvio Santos no principal torneio de clubes da América do Sul, Téo acredita que o clássico brasileiro no Maracanã será o evento de maior audiência de que participará.

Para isso, o jogo terá de registrar índices superiores aos da exibição do GP do Brasil de Fórmula Indy em 1996 --23 pontos, às 13h de um domingo, o seu recorde pessoal. Na ocasião, ele também narrou a corrida pelo SBT, em sua primeira passagem.

"Estou extremamente motivado junto com nosso time para fazermos um trabalho de qualidade e que tenha um bom retorno de audiência e também financeiro", diz ao Notícias da TV. O locutor tem no currículo final de Copa do Mundo, a derrota vexatória de 7 a 1 do Brasil para a Alemanha e outros eventos importantes.

Mas a decisão da Libertadores, segundo ele, é um dos jogos mais "desafiadores". O recorde da competição na emissora aconteceu com Palmeiras x River Plate, duelo que registrou 17,4 pontos em novembro. A expectativa é superar os 20 de média com a final.

"A gente sente um friozinho na barriga porque se trata de um evento monstruoso, no qual a expectativa de todos é muito grande pela cobertura do evento em si e também pela expectativa da audiência que podemos alcançar", justifica.

A ansiedade também se dá pela ligação que o jornalista tem com o SBT. O goiano começou a carreira em uma afiliada da emissora em Goiás, a TV Serra Dourada, e de 1995 a 2000 narrou corridas e jogos de futebol na empresa de Silvio Santos.

"Não sei explicar os motivos. Toda vez que eu pego o microfone, além do lado profissional, no SBT tem um fator afetivo grande também", pontua ele, que, antes de assinar o contrato com a nova velha casa em agosto do ano passado, foi emprestado pelo Fox Sports para narrar o segundo jogo da final do Campeonato Carioca.

"Esse é o encerramento da primeira parte desse projeto de esportes do SBT. Tenho um sentimento muito especial, tenho muito carinho por ele. Vamos fazer uma transmissão grandiosa pro Brasil inteiro", promete o narrador, de 57 anos. 

Recuperado da Covid-19

Téo foi um dos milhões de brasileiros infectados pelo coronavírus. A doença o afastou da narração de Palmeiras 0 x 2 River Plate. Na ocasião, foi substituído por Luiz Alano. O narrador teve sintomas leves e revelou que se emocionou com as mensagens carinhosas que recebeu durante o período de isolamento em Goiânia.

"Me senti muito confortado quando peguei a Covid-19. Minhas redes sociais não pararam um dia. Várias vezes eu me emocionei com as mensagens que eu recebia durante o período em que fiquei me recuperando", relata.

O goiano é o criador do "Rony Rústico", apelido dado ao atacante do Palmeiras, um dos destaque da Libertadores. O bordão foi inspirado em Roni (com i), o rústico, personagem da música Betty Frígida, lançada em 1983 pela banda Blitz.

"Tem vários bordões que não pegam, mas esse deu certo. O bacana é que o próprio Rony me ligou para agradecer. Sem nenhuma demagogia, isso é uma parte que vale muito a pena no nosso trabalho", conta.

Rumo à 15ª final de Libertadores

Depois que adquiriu os direitos da Libertadores,o SBT foi ao mercado e trouxe nomes experientes. Ao lado de Téo nas transmissões está Mauro Beting. O comentarista vai participar de sua 15ª final de Libertadores. "A nona no estádio", pontua. O jornalista considera que a decisão deste sábado será diferente por todos os elementos que a envolve.

"Nem se esperava que o SBT fosse fazer a final quando começou a Libertadores e nem essa superação de Palmeiras e Santos para chegar à final. Por tudo que aconteceu no ano, que vai muito além do futebol, com a gente no SBT e com os times, é uma final jamais esperada também por tudo que eles viveram e sofreram", analisa.

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Mauro Beting, Téo José e Jorginho

Beting, de 54 anos, é um palmeirense ilustre que já dirigiu documentários e escreveu livros sobre a história gloriosa do Alviverde, mas também tem ligação com o Santos, visto que é um dos curadores do Museu Pelé e escreveu, com Ivan Moré, a biografia de Neymar.

"Foi num Santos e Palmeiras na Vila Belmiro em 2012 dois dias após a morte do meu pai [Joelmir Beting] que o Palmeiras entrou com a camisa 10 com o nome do meu pai e a frase célebre dele sobre a emoção de ser palmeirense com uma faixa no peito. O Santos também deu uma placa em homenagem ao meu pai, que foi o criador do gol de placa do Pelé em 1961 contra o Fluminense. Eu entrei no gramado antes dos times e recebi a placa do Neymar", relata.

O comentarista, que também trabalha na Jovem Pan, TNT Sports e outros veículos impressos, lamenta a ausência de torcida no Maracanã, o que, porém, não tira a empolgação e a expectativa alta antes de mais uma transmissão em seus 30 anos de carreira.

"Sempre adorei fazer jogos em estádios mais do que estúdios. Sei que vai ter muita gente torcendo com a gente, pela gente, e sobretudo pelas histórias gloriosas de Palmeiras e Santos", ressalta.


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