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Galvão Bueno critica Copa América no Brasil: 'Que essa loucura não aconteça'

REPRODUÇÃO/SPORTV

Imagem de Galvão Bueno no Bem, Amigos, do SporTV

Galvão Bueno no Bem, Amigos, do SporTV; jornalista criticou a realização da Copa América no Brasil

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 31/5/2021 - 22h37
Atualizado em 31/5/2021 - 23h07

Galvão Bueno criticou a realização da Copa América 2021 no Brasil durante a pandemia da Covid-19. Nesta segunda-feira (31), o jornalista destacou os alertas científicos sobre uma possível terceira onda da doença e as consequências políticas da competição no país. "Que essa loucura não aconteça", opinou ele.

"A terceira onda da Covid-19 está batendo na nossa porta, já são mais de 460 mil mortos no Brasil, não sabemos onde isso vai parar. No caso das Eliminatórias [da Copa do Mundo], pelo menos, o próximo jogo da Seleção Brasileira em casa vai ser só em setembro", disse Bueno durante o Bem, Amigos, do SporTV.

"Mas, eis que na calada da noite, a Conmebol, na impossibilidade de realizar a Copa América na Argentina, por causa da Covid-19 e decisões do governo argentino. Aí, a Conmebol liga para a CBF e sugere que a competição seja no Brasil. O que a CBF faz? Fala sim e consulta o Governo Federal. O que o Governo Federal faz? Aceita prontamente. Sem reflexão, sem discussão com a sociedade e sem pensar no quão delicado é aceitar essa missão", prosseguiu.

No início do comentário, Galvão pontuou que a crítica não era motivada por causa da perda dos direitos da competição, que agora são do SBT: "Quero dizer que a Globo e o SporTV não tinham os direitos da Libertadores no ano passado. Não só eu, como meus companheiros, fomos contra a volta precipitada da Libertadores. Mas nós temos o direito do Campeonato Brasileiro, que também fui contra a volta do futebol no Brasil quando voltou".

"Tem gente de vários lugares da América do Sul e do mundo inteiro. É gente que pode contaminar ou ser contaminada. Pode trazer ou levar uma cepa nova. Sabe quando é isso? Daqui a menos de duas semanas, porque começa em 13 dias. Em uma semana, as seleções estarão por aqui", alertou ele.

Durante o relato, o jornalista também reforçou as complicações políticas que o campeonato ocasionará ao país: "Então, o que era para ser um evento esportivo, me começa a parecer que virou um confronto político. Quem corre o risco é a sua, a minha, a nossa saúde. A saúde pública da América. Então, sinceramente, peço a Deus que alguém tenha uma crise de bom senso e essa loucura não aconteça".

No programa, Walter Casagrande seguiu com as críticas pela realização do torneio em território nacional. "Quero falar como cidadão brasileiro, não como ex-jogador e nem comentarista esportivo. Acho um escândalo isso. Um país em que já morreram mais de 460 mil pessoas e continua morrendo muita gente, não temos vacinas", afirmou.

"O senhor Jair Bolsonaro não teve agilidade para comprar vacina, ele teve agilidade para deixar acontecer essa Copa América. Isso é uma das coisas mais absurdas porque ele é o presidente do país que deveria proteger o seu povo, não colocar o seu povo à mercê desse vírus. Estou bastante assustado, mas não estou decepcionado e nem surpreso", complementou Casagrande.

Entenda o caso

A nova edição da Copa América seria realizada na Argentina mas, após o aumento no número de casos de Covid-19, o país decidiu recusar a oferta da Conmebol. A Colômbia também se recusou a ser a sede da Copa devido aos protestos políticos que estão acontecendo no país.

No entanto, em uma reviravolta, a Conmebol confirmou a realização da disputa no Brasil. "A Conmebol agradece ao presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, assim como à Confederação Brasileira de Futebol por abrir as portas do país ao que hoje em dia é o evento esportivo mais seguro do mundo. A América do Sul brilhará no Brasil com todas suas estrelas!", informou a entidade responsável pelo torneio no Twitter.

No início da noite, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, disse que ainda não existe uma confirmação do governo sobre a realização da disputa, mas que a decisão será anunciada amanhã (1º).

"Ainda não tem nada certo, quero pontuar de forma bem clara. Estamos no meio do processo. Mas não vamos nos furtar a uma demanda, caso seja possível de atender", destacou Ramos.

Confira um trecho do posicionamento de Galvão Bueno:


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