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DIVULGAÇÃO/TIME BRASIL
Jogadores do Brasil exibem medalha de ouro; BandSports vai transmitir os Jogos Olímpicos de 2021
Ao contrário de Globo e DAZN, que perderam direitos de transmissão durante a paralisação dos campeonatos de futebol na quarentena forçada pela pandemia de Covid-19, o Grupo Band melhorou o seu catálogo esportivo graças a um novo modelo comercial. Reforçada, a empresa ainda mira nos negócios que pode conseguir com os Jogos Olímpicos de Tóquio-2021.
Na TV aberta, a Band adquiriu neste ano os direitos dos campeonatos Italiano, Alemão e Russo, além de continuar exibindo o Brasileirão Feminino e as finais da NBA. O reforço fez com que a emissora voltasse com o Show do Esporte, com uma maratona de jogos aos domingos, apresentada por Glenda Kozlowski e Elia Júnior.
O próprio presidente do Grupo Bandeirantes, Johnny Saad, explicou que as compras dessas competições só foram possíveis porque a empresa adotou um esquema comercial de parceria, sem a necessidade de desembolsar grandes quantias pela compra dos direitos.
"Nós queríamos voltar para o esporte, mas não no formato antigo. Nós fazemos esporte, nós topamos, mas nós montamos uma aliança e uma sociedade. Daí das vendas que nós tivermos, nós desenhamos uma maneira de remunerar cada uma das partes", falou o executivo, em vídeo que foi enviado aos funcionários da empresa em setembro.
Na TV paga, o BandSports transmite dois jogos do Campeonato Italiano por rodada e três do Campeonato Russo, além de ter firmado uma parceria com a Conmebol para produzir as transmissões da Libertadores na Conmebol TV.
Ao Notícias da TV, o diretor do canal, Denis Gavazzi, confirma que os modelos comerciais foram feitos trazendo as "ligas para junto da Band". "A gente fez modelos diferenciados para cada liga, trazendo a liga pra junto da Band. É por isso que foi possível a gente trabalhar desta forma, obviamente, muito junto com o departamento comercial da Bandeirantes, mas a gente trabalhou para cada cliente com um modelo de negócio diferente", explica ele.
Antes da quarentena, o BandSports depositava boa parte de suas fichas em Tóquio-2020, mas os Jogos Olímpicos acabaram adiados para julho de 2021 por conta da pandemia. O canal tinha a previsão de investir R$ 4 milhões para a cobertura da competição.
Segundo a reportagem apurou com fontes, duas das seis cotas de patrocínio já tinham sido vendidas --cada uma delas tem um valor de tabela de R$ 10,5 milhões. Aos apoiadores, a empresa prometia inserções em todos os conteúdos televisivos, digitais e também em eventos produzidos por BandSports e BandNews sobre os Jogos Olímpicos durante o ano inteiro.
Apesar de ter deixado de contar com essa receita para 2020, o diretor do canal esportivo diz que não houve um baque financeiro, considerando que todos os custos que o canal teria para as transmissões também foram adiados para o próximo ano.
"Com o adiamento dos Jogos de Tóquio, nós adiamos todos os nossos contratos de prestação de serviço no Japão para o ano que vem. Assim como toda a logística que tínhamos programado para este ano. Nós conseguimos, por conta da pandemia, negociar tudo para o ano que vem", comemora ele.
A NewCo, programadora de canais do Grupo Band na TV paga, fez um evento para o mercado publicitário no início de outubro e tentou convencer anunciantes a entrarem no projeto dos Jogos Olímpico de Tóquio-2021 --o evento terá transmissão do BandSports e do SporTV na televisão por assinatura, e da Globo na TV aberta.
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