R$ 120 MIL
REPRODUÇÃO/REDETV!
Sikêra Jr. no Alerta Nacional; repasse de verba federal ao apresentador foi explicado pela Secom
A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) postou nas redes sociais explicações sobre o pagamento de R$ 120 mil ao apresentador Sikêra Jr. para participar de ações publicitárias do governo Jair Bolsonaro. Parte do cachê inclui verba para artistas de relevância nacional terem atuado em campanhas consideradas de utilidade pública, o que incluiu programa sobre cuidado precoce de Covid-19 --cuja eficiência já foi negada por cientistas.
O órgão tenta responder acusações feitas por reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na útlima quinta-feira (17). Sikêra Jr. ainda foi citado na CPI da Covid em documento entregue pela secretaria. No mesmo dia, ele confirmou no programa Alerta Nacional, da RedeTV!, que recebeu a quantia e ainda afirmou que o valor é baixo se comparado ao que ganha de salário na emissora (cerca de R$ 500 mil) e em outras ações de merchandising.
"Sikêra, é verdade que você ganhou R$ 120 mil? Ganhei! E tô esperando mais. Sabe como se ganha esse dinheiro? Trabalhando honestamente. Esse dinheiro ia para a Folha de S.Paulo , ia pra TV Globo e aí não vai mais. Passaram a distribuir para as pequenas empresas, para as pequenas emissoras. Por isso, o cachê é pequeno", falou o apresentador no ar.
Segundo a Secom, o repasse se deu em relação a divulgação de ações variadas. "Os pagamentos, calculados a preço de mercado, referem-se a campanhas de conscientização sobre a Covid-19, riscos de exposição de crianças na internet e outras. O apresentador Sikêra Jr, líder de audiência, fez um trabalho de divulgação para seis campanhas ao longo de cinco meses", explicou o órgão.
"Alguns exemplos: 892 veículos e programas foram contratados na campanha Cuidado Precoce; 913 na de combate ao Aedes; 1.362 na da Semana Brasil 2020. No período referido pela Folha, foram 69 ações de merchandising, com remuneração pelo uso da imagem para 12 apresentadores", enumerou a Secom.
A série de publicações ainda afirma que a contratação desses serviços, realizados por agência de publicidade, atende a critérios técnicos. "Caso contrário, veículos como a Rede Globo, que também recebeu por publicidade, seriam 'bolsonaristas'", continuou a secretaria.
Sikêra Jr. é um dos apoiadores de Jair Bolsonaro na televisão e entrevistou o presidente da República em abril deste ano. Ele também já recebeu os irmãos Flávio e Eduardo Bolsonaro.
Veja as postagens da Secom no Twitter:
Matéria da Folha intitulada "Governo repassou R$ 120 mil em cachê a apresentador bolsonarista" induz leitores a erro ao tratar como "repasse" o que na verdade são pagamentos de serviços de utilidade pública prestados por vários profissionais de influência e relevância nacional.
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
02. Os pagamentos, calculados a preço de mercado, referem-se a campanhas de conscientização sobre a Covid-19, riscos de exposição de crianças na internet e outras. O apresentador Sikera Jr, líder de audiência, fez um trabalho de divulgação para seis campanhas ao longo de 5 meses.
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
03. Alguns exemplos: 892 veículos e programas foram contratados na campanha "Cuidado Precoce"; 913 na de combate ao Aedes; 1.362 na da Semana Brasil 2020. No período referido pela Folha, foram 69 ações de merchandising, com remuneração pelo uso da imagem para 12 apresentadores.
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
04. Diferentemente do que sugere a matéria, a contratação desses serviços (via agência de publicidade) atende a critérios técnicos. Caso contrário, veículos como a Rede Globo, que também recebeu por publicidade, seriam "bolsonaristas".
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
Por fim, cabe dizer que a Secom reduziu suas verbas de publicidade em aprox. 50% e que o Governo (órgãos diretos) tem os menores gastos em mídia da última década (conforme evidenciam os registros na imagem) – o que explica ataques de grupos de interesse. pic.twitter.com/NOgjNzSlLQ
— SecomVc (@secomvc) June 18, 2021
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