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NOVA CASA

Após se sentir humilhado na Globo, primeiro âncora gay do JN assina com a Record

DIVULGAÇÃO/RECORD

Matheus Ribeiro posa em frente ao logotipo da Record de Brasília

Matheus Ribeiro assinou com a Record de Brasília após saída tumultuada da Globo de Goiás

REDAÇÃO

Publicado em 24/4/2020 - 18h22

Duas semanas após pedir demissão da TV Anhanguera, afiliada da Globo em Goiás, por se sentir humilhado, o jornalista Matheus Ribeiro assinou com a Record de Brasília na tarde desta sexta-feira (24). Primeiro apresentador assumidamente gay a comandar o Jornal Nacional, ele agora estará à frente do DF Record, telejornal do horário nobre da emissora.

"O jornalismo da Record não cansa de se reinventar. A chegada de Matheus acrescenta mais versatilidade e espontaneidade à nossa receita de sucesso na capital federal", diz Antonio Guerreiro, vice-presidente de Jornalismo da emissora, em nota enviada à imprensa.

Na nova casa, ele também terá projeção nacional. Ribeiro foi colocado na escala de plantonistas que apresentam o Jornal da Record aos sábados.

Com a chegada de Matheus ao DF Record, os atuais titulares (Luiz Carlos Braga e Natalie Machado) serão remanejados para novas atividades. A estreia do novo apresentador está prevista para 4 de maio.

Demissão tumultuada

Matheus Ribeiro trabalhou durante seis anos na TV Anhanguera e se tornou o principal nome do jornalismo da emissora após ganhar projeção nacional e também graças ao sucesso do JA 2ª Edição, líder de audiência no horário. O profissional vinha se sentindo desvalorizado na casa, e a crise se instaurou quando ele teve seu salário, que já era muito baixo, reduzido.

Em seu último mês na afiliada da Globo em Goiás, ele recebeu o salário de R$ 3,9 mil. Além do fator financeiro, a inveja motivou a saída do apresentador.

Desde que foi escalado para participar do rodízio de plantonistas do Jornal Nacional, no ano passado, Matheus Ribeiro despertou uma ciumeira em boa parte dos âncoras da TV Anhanguera. Ganhou ainda mais visibilidade ao tornar pública, às vésperas de sua estreia no maior telejornal do país, sua orientação sexual, aumentando exponencialmente sua base de seguidores nas redes sociais.

Quando estreou na bancada do JN, passou a ser alvo de fofocas e comentários maldosos nos corredores da TV Anhanguera. Começou a sofrer represálias. Antes, suas sugestões de pautas e de melhorias para o telejornal do qual era titular eram bem aceitas. Repentinamente, deixaram de ser consideradas. 

No início do mês, ele havia anunciado aos seguidores que faria uma live em suas redes sociais. Assim que sua chefia tomou conhecimento, o proibiu, alegando que ele só poderia fazer tais transmissões pelas plataformas oficiais da emissora.

Além disso, recebeu a ordem de apagar uma publicação que havia feito com sua massagista. A emissora entendeu que ele estava fazendo publicidade, algo proibido para os jornalistas de toda a Globo.

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