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DE MARIO TEIXEIRA

Após cancelar Lícia Manzo, chefão da Globo encomenda novela rural para faixa das seis

ESTEVAM AVELLAR/TV GLOBO

De blazer preto e camisa branca, Mario Teixeira posa para foto sorrindo, com óculos, em fundo cinza

Mario Teixeira é autor de novelas: sua próxima história terá temática rural e vai ao ar às seis

CARLA BITTENCOURT, colunista

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 20/9/2023 - 6h25

Se nada mudar (de novo), a próxima novela das seis da Globo será outra novela rural escrita por Mario Teixeira. Após cancelar a história de Lícia Manzo por achá-la sofisticada demais, o diretor Amauri Soares aprovou a nova sinopse do autor de Mar do Sertão (2023), que foi batizada de No Rancho Fundo. Como o próprio nome indica, a história voltará a retratar o Brasil sertanejo. A encomenda partiu do chefão da emissora, que quer novelas mais populares.

A ideia de Soares era que Teixeira fizesse uma espécie de continuação de Mar do Sertão. Assim como Novo Mundo (2017) e Nos Tempos do Imperador (2022), a recomendação era de que a nova novela das seis fosse romântica, com comédia e uma pitada de aventura. Há quem chame o projeto de Mar do Sertão 2, mas a história será apenas inspirada na temática da anterior.

Bella Campos, que fez sucesso em Pantanal (2022) e Vai na Fé (2023), já foi escolhida para protagonizar No Rancho Fundo. A escolha de outros nomes para o elenco deve embalar nos próximos meses --a prioridade da Globo é definir os atores do remake de Renascer.

A trama de Candoca (Isadora Cruz) e Zé Paulino (Sergio Guizé) foi considerada um enorme sucesso dentro da emissora. Foi a estreia do autor na faixa das seis com uma novela própria --ele turbinou o horário, que tinha sofrido uma queda de audiência com Nos Tempos do Imperador (2021).

O novelista já havia trabalhado na faixa, mas como colaborador, em novelas como O Cravo e a Rosa (2000), na qual também explorou o universo caipira, e Ciranda de Pedra (2008).

Mario Teixeira é conhecido por inovar na televisão. Liberdade, Liberdade (2016) fez história ao exibir uma cena de sexo entre dois homens, com os personagens de Caio Blat e Ricardo Pereira. No horário das sete, ele contou a história de uma família que ficava mais de um século congelada em um iceberg e acordava em pleno mundo moderno em O Tempo Não Para (2018).

Trama sofisticada

Após aprovar a sinopse de O País de Alice, a Globo decidiu cancelar a história escrita por Lícia Manzo para a faixa das seis no fim de agosto. A novela estava encaminhada, e sua pré-produção já havia começado para poder estrear como substituta de Elas por Elas, que entra no ar no lugar de Amor Perfeito a partir da próxima segunda-feira (25).

Lícia foi comunicada da decisão e, imediatamente, o departamento comercial da emissora parou os trabalhos --o plano para venda de anúncios estava sendo finalizado para ser enviado ao mercado publicitário. A diretora artística Nathalia Grimberg também já havia sondado algumas atrizes para o papel de Alice, a protagonista da história.

Internamente, o que se fala é que a Globo não quis bancar o ritmo mais lento e sensível de Lícia, que parece não ter se adaptado à velocidade que as novelas exigem atualmente. A autora é famosa por ter um texto mais sofisticado, com diálogos longos e personagens mais complexos, que requerem uma estética elaborada. É tudo o que a emissora não quer no momento.


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