ISIS DE OLIVEIRA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Isis de Oliveira e Cássio Gabus Mendes em Meu Bem, Meu Mal (1990); atriz acabou demitida
Há exatos 32 anos, Meu Bem, Meu Mal (1990) chegava ao fim na faixa das oito da Globo. A novela ficou marcada pela saída inesperada de Isis de Oliveira no meio da história, que acabou prejudicada e perdeu o sentido. A intérprete da socialite Mimi Toledo foi demitida acusada de faltar às gravações em dezembro de 1990. Após o desentendimento com a produção, a atriz nunca mais atuou em folhetins da emissora.
Antes disso, Isis já havia participado de tramas como Plumas & Paetês (1980), O Amor É Nosso (1981), Sol de Verão (1982), Champagne (1983), Vereda Tropical (1984), Roque Santeiro (1985), Fera Radical (1988) e Que Rei Sou Eu? (1989).
Após a rescisão do contrato de Isis, o texto de Cassiano Gabus Mendes (1929-1993) trouxe uma indireta por meio de uma fala de Toledo, interpretado por Sérgio Viotti (1927-2009) --que vivia o marido de Mimi na trama.
"Dona Mimi não existe mais. Ela foi demitida", disparou ele. "Nunca tinha ouvido falar em uma esposa demitida", estranhou Doca (Cássio Gabus Mendes). "Digamos que foi demitida por excesso de faltas ao trabalho", completou Toledo.
Só que a saída de Isis estragou uma das tramas centrais da novela. O autor decidiu jogar a vingança da socialite contra Vitória (Lizandra Souto) nas mãos de Berenice (Nívea Maria) e Toledo. Mas a intenção da mulher era, na verdade, atingir Isadora (Silvia Pfeifer). "Tipos bonzinhos demais, forçados a levarem adiante um plano cruel. Uma total incoerência com relação ao perfil dos personagens", analisou o jornalista Nilson Xavier.
À época, a atriz classificou a demissão como um "ato autoritário e radical" do diretor Paulo Ubiratan (1947-1998). A versão de Isis sobre os fatos que levaram ao seu desligamento foram narrados no jornal O Dia em 27 de janeiro de 1991.
"Ela recorda que tudo ia bem até que, faltando 15 dias para o Natal, pediu autorização a Ubiratan para passar as festas de fim de ano em Lisboa. Isis viajou com o compromisso de telefonar em 26 de dezembro. Neste dia, ela lembra que ouviu a seguinte frase da produtora: 'Bonitinha, você não está roteirizada. Está tudo organizado. Você tem gravação a partir de 2 de janeiro'.".
"Isis voltou ao Brasil no dia 30, e em 2 de janeiro, compareceu ao estúdio para gravar. Mas notou 'um clima' diferente. Assim, tentou falar novamente com Paulo Ubiratan para esclarecer a história que já estava sendo explorada pelos jornais. E recebeu um recado do produtor substituto que o diretor 'não queria falar com a moça', evitando dizer o nome da atriz", contou a reportagem.
Irmã de Isis, Luma de Oliveira também precisou deixar Meu Bem, Meu Mal antes do fim. Grávida do empresário Eike Batista, ela não conseguiu conciliar as gravações com a gestação. A personagem dela, Ana Maria, foi assassinada na trama.
A novela acompanhava a trajetória de dom Lázaro Venturini (Lima Duarte), presidente da Venturini Designers. O ricaço sofria por conta da convivência com Ricardo Miranda (José Mayer), fruto da traição da mulher morta com seu melhor amigo. O rapaz tinha 30% das ações da empresa e não aceitava vender sua parte, mesmo com a insistência do protagonista.
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