REPRESENTATIVIDADE
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Samuel de Assis, Bella Paixão e Sheron Menezzes em cena de Vai na Fé: representatividade
A próxima novela de Lícia Manzo --que voltará ao horário das seis depois de sua promoção às 21h com Um Lugar ao Sol (2021)-- se chamará O País de Alice e seguirá a fórmula bem-sucedida de Vai na Fé de investir em muita representatividade no núcleo principal, que será formado por atores pretos.
A trama ainda destacará bastante a cultura popular brasileira e desafiará cada um a valorizar a riqueza daquilo que nós temos, do que é intrinsecamente nosso e que não deveria ser deixado.
Na história, que irá ao ar depois do remake de Elas por Elas (substituta de Amor Perfeito a partir de setembro), a protagonista Alice será italiana. Violinista clássica, que cursa o Conservatório Nacional de Milão, ela descobrirá na música brasileira uma pátria, e, maior de idade, anunciará sua decisão de viver no país.
"Décadas depois, sem se dar conta, ao decidir viver no Brasil (que parece conhecer sem jamais ter pisado seu solo), Alice agirá como se respondesse a uma espécie de 'chamado'. Sua verdadeira história espera por ela. Seu verdadeiro pai. E seu país", escreveu Lícia Manzo na sinopse de sua novela.
divulgação/tv globo
Lícia Manzo é autora de O País de Alice
A descoberta do Brasil através de sua arte, seu samba e suas raízes fará com que Alice empreenda, inadvertidamente, uma busca à própria história. Filha de pai adotivo italiano, a jovem desconhece a verdadeira origem sobre sua paternidade. E é em uma apresentação aqui no país que ela se apaixonará pelo lugar, pela cultura e por João, um jovem negro --assim como seu verdadeiro pai.
Um dos cenários de O País de Alice será a Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro. Lá, Alice e João frequentarão rodas de samba. "Foi aqui que tudo começou. O Rio é uma cidade inventada pelo samba. Assim como o samba é inventado pelo Rio", dirá ele para a mocinha logo no primeiro encontro.
"O que faz uma pessoa deixar lar, trabalho, amigos e família para trás? É possível, realmente, abandonar afetos, língua, sons, cheiros, sabores, paisagens, pátria e recomeçar a vida em outro lugar?", provocou Lícia.
Na busca por um tema atual e mobilizador, nas rodas de conversa entre amigos e conhecidos, nas ruas e nos bares, nas redes e na mídia, a força com o que o assunto 'sair ou não do Brasil' se impôs à minha volta me fez pensar num movimento social sem precedentes.
"Se amores, saudades, encontros, despedidas, alianças e rupturas parecem ser o sumo do melodrama, O País de Alice explora a repercussão das diásporas de uma mesma família através do tempo, suas partidas e chegadas --não de um ponto de vista político, mas humano e existencial", resumiu a autora no documento apresentado à Globo.
A ideia é que a história de Lícia Manzo entre em pré-produção ainda este mês, quando Elas por Elas --escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson-- inicia suas gravações. A Globo prevê a estreia da novela para março de 2024.
Natalia Grimberg, de Cara e Coragem (2022), foi escalada para ser a diretora artística. Apesar de ainda não ter começado a trabalhar oficialmente na novela, a profissional já vem sondando jovens atrizes para que façam testes para o papel principal. Assim como aconteceu com Terra e Paixão, que apostou em Barbara Reis como a mocinha Aline, a trama de Lícia Manzo também deve ter uma protagonista novata.
Apesar de a protagonista ser italiana e começar a novela morando em Milão, as gravações acontecerão nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, e na cidade cenográfica da emissora. Não há previsão de viagem internacional para o elenco que fará personagens que vivem fora do Brasil.
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