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REAÇÃO DEVE VIR EM NOVEMBRO

Venda de TVs cai 3,1% no trimestre, e Copa provoca Dia das Mães modesto

REPRODUÇÃO

Consumidor comparando a imagem de várias TVs na loja

Consumidor comparando a imagem das TVs na loja; compra deve ficar para o segundo semestre

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 29/4/2022 - 17h06

O ano não começou bem para o mercado de TVs. Depois de amargar uma queda de 23% em 2021, as vendas de televisores encolheram 3,1% no primeiro trimestre de 2022. Segundo levantamento da GfK a pedido do Notícias da TV, a forte retração de 42% entre os televisores de 58 a 65 polegadas foi decisiva na hora de empurrar os números para baixo.

Entre as TVs de 65 e 75 polegadas, a queda foi em torno de 13%, em cada categoria. A venda dos modelos de 39 a 55 polegadas encolheu menos, 5,9%. A pesquisa ainda apontou que, de janeiro a março, só houve crescimento em três tamanhos de telas: até 32 polegadas (0,2%), 70 polegadas (87,4%) e com mais de 80 polegadas (179,9%).

Para Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK, o resultado do trimestre reforça o baixo interesse pelas telas de até 43 polegadas, que vêm perdendo espaço nos últimos dois anos. "Em momentos de crise, como o atual, a própria indústria procura empurrar a venda das telas maiores, contribuindo para esse crescimento", diz. "Por outro lado, nenhuma categoria teve maior repasse de preço para o consumidor do que as telas menores."

Já o faturamento com as vendas de TVs cresceu 6,2% no primeiro trimestre. Mas, segundo Baialuna, esse número não deve ser comemorado. "Só reflete a necessidade de repassar os custos para o consumidor", explica. "Pesam nesse cálculo o aumento nos preços de componentes importados na pandemia e as oscilações na taxa cambial, por exemplo", diz ele. Em resumo, se a TV fica mais cara, o faturamento aumenta, mesmo vendendo menos unidades.

DIVULGAÇÃO

Khalifa Stadium, no Qatar: Copa com TV nova

Copa adia compra

Na indústria, a chegada do Dia das Mães, que tradicionalmente está entre as datas mais importantes para o mercado de televisores, não é vista com otimismo. Além da crise que abala o setor, outro fator a ser considerado é a Copa do Mundo, que só começa no final de novembro e coincide com a Black Friday. E a pergunta que fica no ar: quem vai querer trocar de TV agora?

De acordo com Baialuna, o Dia das Mães deve ser modesto para a categoria. "A tendência é que o consumidor jogue essa compra para o segundo semestre e aproveite a data para adquirir outros itens, como smartphones, por exemplo", comenta ele.


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