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BOLSO VAZIO

Venda de TVs cai 19% em 2022, e mercado aposta na Copa para salvar o ano

REPRODUÇÃO

Consumidor comparando TVs em loja

Preço, inflação e juros altos dificultam as vendas de TVs, mesmo em ano de Copa do Mundo

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 15/7/2022 - 6h15

As vendas de TVs encolheram 19% de janeiro a maio em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação direta, foram vendidas 3,76 milhões de unidades, 850 mil a menos do que nos cinco primeiros meses do ano passado. Os dados são da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) e foram divulgados na feira Eletrolar Show, em São Paulo.

Segundo Jorge Nascimento, presidente da Eletros, a queda se tornou mais acentuada a partir de setembro de 2021 e está ligada a uma série de fatores. "O poder de compra da população vem sendo prejudicado pela inflação alta, que diminui a renda das famílias", explica ele. "Ao mesmo tempo, os juros elevados também inibem o consumidor a buscar crédito", comenta.

De acordo com a Eletros, tem ainda a questão da variação do dólar acima do valor desejável, que sobe os custos de produção. Com o aumento no preço dos insumos e do frete internacional, por exemplo, as TVs chegam ainda mais caras ao varejo, prejudicando as vendas.

Para salvar o ano, a grande esperança do setor é que a combinação inédita entre Copa do Mundo e Black Friday no final de novembro anime o consumidor a trocar de TV. "No melhor cenário, a estimativa é vender 11,5 milhões de aparelhos até dezembro, empatando com 2021, quando o mercado recuou 16% em relação ao ano anterior", diz Nascimento.

O desafio é grande, até porque muitos brasileiros anteciparam o investimento em uma TV de tela maior durante o agravamento da pandemia, há dois anos. Sinal da crise, a expectativa de 2022 é comercializar pouco mais dos 10 milhões de aparelhos de 2010 e 5 milhões a menos do que em 2014, ano de Copa em que o Brasil bateu o recorde de vendas na área de televisores.

DIVULGAÇÃO

TV de 55": categoria tem boa chance de crescer

Promoções devem começar antes

Segundo Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK, a sobreposição de eventos deve ter um impacto positivo nas vendas de TVs durante o segundo semestre. Mas ele acredita que é necessário fazer um trabalho diferente no varejo este ano. "As lojas terão que se antecipar para a Black Friday, puxando as promoções de televisores já para setembro e outubro, mantendo uma estratégia de vendas mais ampla", comenta ele.

Para a Eletros, é provável que o setor registre um crescimento mais expressivo entre as TVs 4K de 50" a 55", que se tornaram sonho de consumo dos brasileiros. Em número de unidades vendidas, a maior concentração deve ficar entre os modelos de 42" a 48".  


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