BARRACO COM A RAINHA
Des Willie/Netflix
Emma Corrin (Diana) e Josh O'Connor (Charles) em cena da quarta temporada de The Crown
Aclamada pela crítica, The Crown não caiu no gosto da família real que a série se propõe a retratar. Mas a Netflix parece não se importar com a polêmica. A gigante do streaming rejeitou a ideia de colocar uma mensagem antes dos episódios avisando o público que se trata de uma história ficcional, e não um documentário sobre a rainha Elizabeth e seus parentes.
A proposta do alerta partiu de Oliver Dowden, secretário de Cultura do Reino Unido, que escreveu uma carta para a Netflix na semana passada na qual solicitava que a empresa avisasse seus 195 milhões de assinantes que The Crown é "parcialmente uma obra de ficção". Não colou.
"Nós sempre apresentamos The Crown como uma série de drama, e temos confiança que nossos assinantes entendem que é uma obra de ficção largamente baseada em eventos históricos", disse o serviço de streaming em uma nota ao site Deadline. "Por causa disso, não temos planos --nem vemos necessidade-- de adicionar esse aviso."
O conteúdo da carta de Dowden à Netflix não foi revelado. Em entrevista ao jornal The Mail de domingo passado (29), ele chegou a fazer alguns elogios a The Crown. "É uma obra de ficção muito bem produzida. E, como tantas outras atrações, a Netflix deveria deixar claro logo no início que é só isso. Sem o aviso, eu temo que uma geração de espectadores que não viveu esses eventos podem confundir a ficção com fatos reais", alertou.
Apesar de The Crown desde o início ter se proposto a fazer uma versão romanceada da vida de Elizabeth, a quarta temporada irritou mais a realeza britânica por apresentar Diana, vivida por Emma Corrin. A princesa é aclamada pelo povo, e a apresentação de seu casamento tumultuado com Charles (Josh O'Connor) e o triângulo amoroso com Camilla (Emerald Fennell) não caiu bem entre os súditos.
Confira o trailer da quarta temporada da atração criada por Peter Morgan:
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