Série da Netflix
Reprodução/Netflix
Aos 63 anos, Geena Davis faz topless na terceira temporada de Glow; menos luta e mais drama
JOÃO DA PAZ
Publicado em 20/8/2019 - 4h48
Atualizado em 20/8/2019 - 4h49
Comédia indicada ao Emmy, Glow entrou em uma fase mais dramática em sua terceira temporada, agora disponível na Netflix. Para tanto, diminuiu as cenas com as personagens em cima de um ringue, em lutas simuladas. Temas como maternidade e imigração ganharam espaço. E as atrizes colocaram os seios para fora como nunca.
A redução dos embates tem razão de ser. Se na primeira temporada o foco era escolher mulheres que pudessem lutar (e treiná-las), na segunda foi a vez de mostrar o show Glow (sigla em inglês para Garotas Lindas da Luta Livre) em toda a sua glória. Na terceira, o elenco viaja para Las Vegas, onde as lutadoras foram escaladas para fazer apresentações quase diárias em um hotel cassino.
Como esses espetáculos se repetem noite após noite, a série mostra como eram os esquetes somente uma vez. E pronto. Decisão sábia, para não cansar o telespectador, que logo entende o espírito da empreitada. Assim, há mais tempo para se dedicar a temas amplos sobre a vida pessoal das personagens.
A produtora, lutadora e atriz Debbie Eagan (Betty Gilpin) sofre com a maternidade, pois deixou o filho pequeno morando em Los Angeles enquanto trabalha em Las Vegas, a 435 km de distância. Debbie pesa o que vale mais: realizar seus sonhos no mundo artístico ou priorizar o seu lado mãe?
Betty, indicada ao Emmy deste ano como melhor atriz coadjuvante de comédia, faz mais um bom trabalho no terceiro ano de Glow. Sua personagem passa por esses dilemas, além de enfrentar o machismo. Em pleno ano de 1986, Debbie tenta se posicionar como uma mulher forte contra homens que calam a voz feminina em tomadas de decisões importantes, principalmente no que envolve as lutadoras.
Na outra ponta da maternidade está Cherry Bang (Sydelle Noel), que revela ao seu parceiro as dúvidas que tem sobre ser ou não mãe. O lado feminino também é destaque no relacionamento lésbico entre Yolanda (Shakira Barrera) e Arthie (Sunita Mani), em busca de um entendimento claro sobre quem elas são de verdade e como agir em público ou quando estão sozinhas, principalmente na cama.
Uma discussão importante gira em torno de personagens do show Glow que vivem estereótipos ou sofrem com o preconceito por serem imigrantes nos Estados Unidos. São os casos da judia Melanie Rosen (Jackie Tohn), da cambojana Jenny Chey (Ellen Wong) e da indiana Arthie. Cada uma delas coloca para fora todos os seus pavores e as histórias particulares da vida em uma terra estrangeira.
Jackie Tohn na terceira temporada de Glow; a atriz de 38 anos não se inibiu em cena pós-sexo
Por falar em botar para fora, as atrizes de Glow mostram os seios como nunca nessa terceira temporada. Até a novata Geena Davis, no esplendor dos seus 63 anos, não se inibiu e apareceu de topless, com um adesivo por cima dos mamilos.
Sua personagem, a diretora de entretenimento Sandy Devereaux St. Clair, foi uma showgirl antes de comandar as atrações no hotel e cassino Fan-Tan, local onde as mulheres de Glow fazem suas apresentações.
Ela surge na série justamente com uma dessas fantasias de showgirl. Sandy representa na série a personagem experiente que combate o preconceito contra pessoas de idade avançada na indústria do entretenimento.
Cinco atrizes de Glow exibem os seios completos nesta terceira temporada: Alison Brie, Betty Gilpin, Jackie Tohn, Shakira Barrera e Kate Nash. Como as cenas são de bom gosto, e uma até tem pegada cômica, o público aprovou a ideia. Muitas mulheres, inclusive, elogiaram essa aposta da série para a atual leva de episódios.
A telespectadora americana Charlotte Whitehead foi ao Twitter resumir o que deve ter acontecido na elaboração desta temporada. "Discussão dos produtores de Glow para a terceira temporada: 'O que precisamos fazer mais para esta temporada?'. 'Seios, precisamos de mais seios.'"
Heather Glowacki fez o seu registro: "Maratonando Glow e Uau! Essas mulheres têm seios lindos". Já Melanie Bolen foi pega desprevenida, sem se queixar: "Tem muitos seios nesta temporada de Glow. Eu não estou reclamando, são todos belos. Eu só não estava esperando [isso]. Vegas, baby!".
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