Décima Temporada
Imagens: Divulgação/AMC
Os atores Norman Reedus e Melissa McBride no primeiro episódio da décima temporada de Walking Dead
JOÃO DA PAZ
Publicado em 6/10/2019 - 5h15
Neste domingo (6), The Walking Dead entra no décimo ano, o primeiro sem o xerife Rick Grimes (Andrew Lincoln). O drama zumbi, além de colocar um ponto final na história de personagens queridos, vinha entregando episódios maçantes, que afugentavam o público. No ano passado, a série ganhou uma nova cara e fez de tudo para recuperar quem ficou pelo meio do caminho. E agora, vale a pena dar uma nova chance?
The Walking Dead é ainda uma força na TV mundial. Mas sem dúvida, milhões de telespectadores abandonaram o barco após a série matar gente como Glenn (Steven Yeun) e Abraham (Michael Cudlitz), entre os favoritos dos fãs, lá no começo da sétima temporada. Depois disso, alguns episódios vazios e com pouca ação não ajudaram em nada a manter o público ligado no drama.
No momento mais crítico, The Walking Dead sofreu uma mudança cirúrgica nos bastidores, que trouxe um frescor. Desde a temporada passada (a nona), a roteirista Angela Kang passou a ser a showrunner da série, aquela que faz tudo e dita o ritmo da produção. Claramente, a atração mudou e melhorou.
Angela superou as expectativas negativas e entregou uma temporada coesa, divertida e excitante. Ficou nas mãos dela a missão de preparar a saída de Rick e inserir na história a temida vilã Alpha (Samantha Morton), líder dos Sussurradores, um grupo que é mais acostumado a andar entre os zumbis do que conviver com os humanos. Tudo deu muito certo.
O Notícias da TV assistiu com antecedência ao primeiro episódio da décima temporada, que será exibido neste domingo na Fox, às 22h. A primeira impressão é muito boa, pois The Walking Dead mostra ter muita história interessante para contar, mesmo sem Rick.
Quem largou a série em algum momento e quer voltar agora, precisa saber do seguinte: a liderança do grupo, antes sob às ordens do xerife, se diluiu, mas Daryl é considerado o protagonista; a vilã Alpha é muito mais assustadora do que Negan (Jeffrey Dean Morgan) e O Governador (David Morrissey); e a fofa Judith Grimes (Cailey Fleming), filha de Rick, rouba a cena a todo instante.
Judith (Cailey Fleming) se tornou uma personagem muito importante em The Walking Dead
Alpha comanda os Sussurradores, os vilões da vez. Ela causou na temporada passada em um dos momentos mais chocantes de toda a série, no qual decapitou dez sobreviventes simplesmente para marcar território. Tal ato ainda amedronta as pessoas, consideradas do bem, que estão do outro lado da fronteira.
Em entrevista para o site The Hollywood Reporter, Angela explicou que a décima temporada vai discutir muito essa questão do bem e do mal, e sobre como é ter de respeitar limites territoriais, uma tentativa de trazer para a ficção em forma de alegoria alguns casos da vida real sobre disputas de fronteiras.
A décima temporada terá seus mistérios e vai colocar novamente Alpha de frente contra os sobreviventes do apocalipse zumbi. O conflito entre eles deve se desenrolar e se encerrar nos próximos 16 episódios.
E no lado mais ameno da série, o flerte entre Daryl (Norman Reedus) e Connie (Lauren Ridloff) continua: Será que o galã do apocalipse zumbi finalmente vai desencalhar?
O humor está presente, principalmente na complicada relação de Rosita (Christian Serratos) e seu bebê com três homens: o pai da criança, Siddiq (Avi Nash); o namorado Gabriel (Seth Gilliam); e o apaixonado Eugene (Josh McDermitt), que cuida da filha de Rosita como se fosse sua.
Chamado de Lines We Cross (Linhas Que Cruzamos, em tradução livre), a estreia da décima temporada de Walking Dead é um bom teste para quem abandonou o drama e ainda tem saudade desse mundo fantasioso.
Vale a pena conferir, sim, e ver com os próprios olhos essa nova cara da série.
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