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Melhor série do ano (até hoje), True Detective vai além dos clichês

Divulgação/HBO

O ator Matthew McConaughey, vencedor do Oscar, em cena de True Detective - Divulgação/HBO

O ator Matthew McConaughey, vencedor do Oscar, em cena de True Detective

JOÃO DA PAZ

Publicado em 7/3/2014 - 15h18
Atualizado em 9/3/2014 - 16h15

A série True Detective, exibida no Brasil pela HBO, chega ao fim neste domingo (9, à 0h) e já é favorita a uma das melhores produções do ano. Com atuações impecáveis dos protagonistas Woody Harrelson e Matthew McConaughey, True Detective apresenta uma trama policial diferente do que é visto comumente em outras séries, traz aspectos de suspense e faz com que o público se envolva com a história de maneira a procurar pistas nos episódios anteriores para descobrir quem é o vilão.

Harrelson é o detetive Martin Hart e McConaughey, seu parceiro Rust Cole. Em 1995, na zona rural do Estado norte-americano de Louisiana, eles investigaram um caso de assassinato de uma prostituta, chamada de Dora Lange, em um ritual macabro. Dezessete anos depois, ambos são chamados pelos detetives Thomas Papania (Tory Kittles) e Maynard Gilbough (Michalel Pitts) para reviver o caso e os ajudar em um crime com características similares.

Hart é mais conservador, pessimista e pai de família. Já Cole é mais pragmático, objetivo em suas ações, mas atrapalhado e totalmente sem perspectiva.

True Detective mostra uma única investigação criminal, como Twin Peaks (1990-1991) e The Killing (2011), saindo do padrão de séries policiais que resolvem um crime por episódio. Portanto, o andamento da história depende da vida dos protagonistas, vai fundo em suas personalidades. São eles quem contam a história e dão detalhes do que testemunharam na década de 1990. Também são os responsáveis por desvendar o grande mistério da série.

"Aqui, o melodrama importa mais, os conflitos dos personagens entre si, com suas famílias e diante da extrema violência de seu cotidiano", diz Márcio Tadeu dos Santos, 36, roteirista e editor do blog de cinema Vitamina Pop, do portal da Band.

Para Santos, True Detective "não é uma série sobre crime, mas sobre os investigadores, os dois policiais. E de qualquer forma, fica claro ao longo dos episódios que True Detective não está investigando apenas um crime, mas uma série de crimes", analisa.

Santos reforça uma particularidade da série, que é ter o mesmo roteirista (Nic Pizzolato) e o mesmo diretor (Cary Joji Fukunaga) em todos os oito episódios, criando uma homogeneidade única, pois "o autor sabia a história que queria contar e conduziu o trabalho do diretor". "O resultado é uma obra cinematográfica na TV", sentencia.

Envelhecimento dos personagens

Hart e Cole são pessoas sem futuro. O retorno à investigação do crime que marcou suas carreiras, em 2012, é uma esperança de fazer algo que traga significado a suas vidas. Por isso, esquecem falhas e brigas do passado. Em 1995, eles trabalharam juntos no caso; em 2002 se desentenderam e se separaram. Dez anos depois se viram forçados a unir forças e ser companheiros novamente.

Essa jornada se torna mais prazerosa ao ver como a produção consegue mostrar o envelhecimento dos atores ao longo desses anos. Há a mudança de pele, ajudada pela maquiagem, mas também no tom de voz, no jeito de andar e falar.

McConaughey e Harrelson envelhecidos 12 anos por maquiagem

McConaughey, ao falar em palestra organizada pela organização Film Society of Lincoln Center, em Nova York, destrinchou a diferença entre um papel no cinema e na TV:

"True Detective é um roteiro de 450 páginas, geralmente um filme tem 120. Durante cinco semanas de gravação, fiz o Cole de 1995. Estava ficando entendiado. Mantive a paciência e, então, veio o Cole 17 anos depois. Daí me senti confortável, entendendo o personagem de fato. Se fosse um filme, a transição seria num espaço de tempo bem menor. Em True Detective, a mudança do personagem ocorreu por volta da página 150 do roteiro. Se fosse um filme, seria na página 30, mais ou menos", explicou.

Tanto Harrelson como McConaughey são atores renomados do cinema hollywoodiano. McConaughey, por exemplo, venceu o Oscar 2014 de melhor ator pelo seu papel no filme Clube de Compras Dallas (2013). Harrelson tem entre seus trabalhos famosos Homens Brancos Não Sabem Enterrar (1992), O Povo Contra Larry Flynt (1996) e Jogos Vorazes (2012). 

Por mais que haja bons atores coadjuvantes, True Detective se resume às atuações de Harrelson e McConaughey, e a interação que há entre seus personagens, Hart e Cole. Isso, inclusive, colabora para que a série se desvincilhe dos clichês de séries policiais, pois a trama se desenvolve na história entre os dois detetives e sua relação com o crime que aconteceu em 1995 e não se prende a tiroteios e disputas do tipo polícia contra bandidos.

Quem é o vilão?

É certo que o último episódio de True Detective trará a definição do crime macabro. Isso porque a segunda temporada da série trará outros personagens e uma nova história.

Com essa informação, os fãs de True Detective tentam descobrir quem é o vilão. Em entrevista para o site BuzzFeed, o criador e roteirista da série, Nic Pizzolato, disse que tanto Hart quanto Cole não são os vilões. "Pra mim, tal revelação seria terrível, muito óbvia. Entendo que o pior roteiro é aquele que simplesmente muda a história do nada: aquela pessoa é a traidora, ou que tudo não passou de um sonho. Nada é tão ruim quanto uma definição forçada", revela.

Pizzolato, porém, deu a dica e revelou que o assassino apareceu no episódio número um.

A série tem crescido de audiência gradativamente e está com média de 2,16 milhões de telespectadores nos EUA. Contudo, a expectativa é que o último episódio ultrapasse a marca dos 3 milhões.

Confira o trailer do episódio final:


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