VOCÊ NUNCA ESTEVE SOZINHA
REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY
Juliette Freire em seu documentário, Você Nunca Esteve Sozinha; ex-BBB falou da morte da irmã
O segundo episódio de Você Nunca Esteve Sozinha, lançado nesta terça-feira (6), exibe uma homenagem para Julienne Freire, irmã de Juliette Freire, que morreu em julho de 2009 aos 17 anos. A campeã do BBB21 revelou que precisou "roubar" uma maca e uma ambulância para transferir a caçula de um hospital e tentar salvá-la.
Juliette contou que sua irmã nunca havia tido problemas de saúde. De repente, a advogada recebeu uma ligação com o aviso de que Julienne havia dado entrada em um hospital público e lotado.
"Ela tremia, eu pedi um cobertor para cobrir e não tinha, me deram papel higiênico", relatou a avó, Maria de Souza. "Peguei o rolo de papel e fui cobrindo Julienne", contou ela.
Desesperada com a situação da irmã, Juliette parou uma enfermeira e perguntou o diagnóstico. "Eu acho que é meningite ou AVC, e, se eu fosse você, dava um jeito de tirá-la daqui", respondeu a profissional da saúde. "Eu então pedi uma maca, o moço disse: 'Não pode'. Eu respondi: 'É um minuto', e saí com a maca. Botei ela na ambulância, só fomos eu e ela dentro", lembrou a ex-BBB.
"Nem amarrar o cinto eu sabia, a travei nas duas pernas e sentei em cima, segurando para não cair", relatou Juliette. Quando chegou no novo hospital, Julienne foi direto para a Unidade de Terapia Intensiva e recebeu o diagnóstico de acidente cardiovascular hemorrágico.
"Nesse momento, eu consegui ver esse lado de leoa que ela tem, quando ela tentou resolver a situação", disse Sabrina Oliveira, ex-namorada da irmã da paraibana, que recebeu de presente de Juliette a bandana vermelha que Julienne sempre usava.
Segundo a maquiadora, a caçula estava consciente no dia seguinte, mas precisava de uma limpeza cirúrgica para remover 50% do cérebro porque havia necrosado. "Eu cochilei e sonhei com o rosto dela cheio de flores brancas, daí veio a notícia de que ela não tinha resistido", lamentou a ex-BBB, emocionada.
O mundo parou, entrei em um estado de não sentir mais nada. Perdi a fé em tudo. Minha mãe ficava desesperada, todos os dias ia chorar na minha cama porque não ia aguentar perder duas filhas.
Juliette contou que só reagiu ao ver a mãe, Fátima Freire, implorar de joelhos para que ela voltasse a "viver". "Eu ia matar minha mãe também. Engoli seco e disse: 'Vou viver, não vou fazer isso com a senhora'", contou ela.
O título do capítulo, A_MOReninha, é o título de um poema que Juliette escreveu um mês após a perda da irmã, um trocadilho: Amor Eninha --apelido de Julienne, virou "A Moreninha", nome da homenagem. Leia abaixo o poema completo:
"Eu sei que o mundo já não é belo,
que perdeu aquela alegria,
aquele esplendor,
mas não podemos deixá-lo,
o ciclo não acabou.
Sol... traga seu brilho de volta
Sem ele não consigo seguir
Venha nos aquecer, venha nos abraçar
Venha nos proteger."
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