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Em crise com a Marvel, Netflix cancela duas séries de heróis em uma semana

David Lee/Netflix

Finn Jones e Mike Colter na segunda temporada de Luke Cage: séries dos dois foram canceladas - David Lee/Netflix

Finn Jones e Mike Colter na segunda temporada de Luke Cage: séries dos dois foram canceladas

REDAÇÃO

Publicado em 20/10/2018 - 10h09

A relação entre a Netflix e a Marvel azedou. Exatamente uma semana depois de cancelar a série Punho de Ferro, a plataforma de streaming também decretou o fim de Luke Cage. A decisão pegou a equipe de surpresa, uma vez que os roteiristas da produção estrelada por Mike Colter já trabalhavam nos textos de uma eventual terceira temporada.

"Infelizmente, Luke Cage não retornará para um terceiro ano. Todos na Marvel Television e na Netflix agradecem ao showrunner dedicado, aos roteiristas, ao elenco e à equipe que trouxeram o Herói do Harlem à vida nas duas temporadas, e a todos os fãs que apoiaram a série", disseram as duas empresas em comunicado conjunto.

Segundo o site Deadline, o showrunner Cheo Hodari Coker e sua equipe estavam há pelo menos três meses desenvolvendo o que aconteceria na nova fase do super-herói negro. Mas executivos da Netflix não gostaram do que viram no planejamento dos cinco primeiros episódios e pediram muitas alterações nos textos.

As mudanças até foram feitas, mas não convenceram os chefões da plataforma de streaming, que acharam melhor cortar o mal pela raiz e cancelar de vez a produção.

O clima entre a equipe da série e a Netflix já estava tenso porque a empresa pediu uma temporada menor _no lugar dos tradicionais 13 episódios, seriam apenas dez capítulos. Coker teve de dar uma folga de uma semana para seus roteiristas para mudar os planos, cortar alguns excessos e enxugar a história.

O cancelamento de Punho de Ferro na semana passada acirrou ânimos e dificultou ainda mais a negociação entre as duas partes. A Netflix teria exigido até a saída de Coker como showrunner de Luke Cage, mas a Marvel não quis ceder.

O Deadline informa que as séries da Marvel na Netflix (que além das duas produções encerradas, também incluem Demolidor, Jessica Jones e O Justiceiro) custam caro para a plataforma, mesmo com os benefícios fiscais dados pelo governo de Nova York para que elas sejam rodadas na cidade. Assim, a cobrança para que façam um sucesso é ainda maior do que com outras atrações originais do streaming.

Como a Netflix não divulga números de audiência, é difícil saber se as atrações são um fenômeno de público. Mas as críticas que Punho de Ferro recebeu logo em sua primeira temporada certamente pesaram contra o herói místico, e o segundo ano de Luke Cage também foi detonado por causa de longas sequências musicais em um clube de jazz que pouco acrescentaram à história.

Outro ponto negativo para a continuação das séries é o fato de a própria Disney, dona da Marvel e de seus personagens, estar planejando o lançamento de uma plataforma de streaming para bater de frente com a Netflix. Para a atual líder do mercado, ter em seu catálogo séries que divulgam o produto rival não é interessante.

O futuro das outras três séries da Marvel agora ficam incertos: as próximas temporadas de Jessica Jones e Justiceiro (a terceira e a segunda, respectivamente) já estão gravadas e chegam à plataforma em 2019. Demolidor, por sua vez, acaba de lançar seu terceiro ano, e ainda não há nenhuma notícia sobre um quarto.

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