Negócio bilionário
Divulgação/Fox
Lisa e Homer na atual temporada de Os Simpsons; animação popular agora é da Disney
REDAÇÃO
Publicado em 14/12/2017 - 11h42
Atualizado em 14/12/2017 - 12h53
A Walt Disney Company anunciou nesta quinta (14) a compra das divisões de entretenimento do grupo 21st Century Fox. Com um investimento pesado, de US$ 52,4 bilhões (cerca de R$ 175 bilhões), a Disney ganha uma artilharia pesada para bater de frente com a Netflix, já que a empresa do Mickey Mouse lançará um serviço de streaming em 2019. A negociação deixa o já vasto catálogo da empresa ainda mais robusto.
Com a compra, a Disney agora tem sob seu guarda-chuva todos os filmes da Fox, os estúdios de cinema e televisão, os canais FX e National Geographic. Além disso, ela irá controlar 22 canais esportivos regionais da Fox, nos Estados Unidos, e 300 canais internacionais.
A aquisição também rende ao grupo o controle majoritário do serviço de streaming Hulu: a Disney e a Fox tinham 30% das ações cada; agora, a empresa do Mickey detém 60% da plataforma, que exibe a premiada The Handmaid's Tale.
Essa junção tem maior impacto no mundo do cinema. Com os estúdios 20th Century, a Disney dominará os lançamentos de filmes, com uma fatia de 40% deste mercado. Franquias famosas como X-Men, Os Vingadores, Star Wars e Avatar estarão neste novo serviço de streaming.
Na TV, séries de peso fazem parte do novo grupo: This Is Us, American Horror Story, Empire, Modern Family, entre outras. Sem contar as animações Os Simpsons e Family Guy, duas das séries mais duradouras da atualidade.
Com tudo isso, a Disney prepara o terreno para lançar um serviço de streaming à altura da Netflix. Assim que a empresa anunciou o plano de lançar uma plataforma online, especialistas afirmaram que era necessário um parceiro imponente para dar força à nova empreitada. Agora, a Disney conta com um arsenal poderoso.
"A aquisição dessa coleção incrível de negócios da 21st Century Fox reflete a demanda crescente dos consumidores por uma diversidade de experiências no entretenimento que sejam mais atrativas, acessíveis e convenientes do que nunca", disse Bob Iger, presidente da Disney, em comunicado divulgado à imprensa.
"Estamos empolgados com a oportunidade de aumentar nosso portifólio para melhorar nossas ofertas de conteúdo diretamente ao consumidor. A negociação também expande nosso alcance internacional, e permite que nossas plataformas inovadoras de distribuição cheguem a mais mercados em todo o mundo", continua Iger, deixando claro o interesse da Disney em investir no streaming.
A Fox manteve sua rede de TV aberta norte-americana, além da Fox News (líder de audiência na TV paga e que deve ser o principal alvo de investimentos do magnata Rupert Murdoch) e dos canais esportivos nacionais, chamados de FS1 e FS2.
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