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Divulgação/NBC/Netflix
Matt Ryan em Constantine e Finn Jones em Punho de Ferro; séries canceladas, mas heróis ainda vivos
JOÃO DA PAZ
Publicado em 17/10/2018 - 5h54
A Netflix até tentou dar uma sobrevida a Punho de Ferro, mas a série do playboy lutador de kung fu flopou na segunda temporada. A trama mirabolante não agradou ao público e reforça a lista dos maiores fracassos de atrações com super-heróis baseadas em história em quadrinhos. Nova nesse grupo, Punho de Ferro é a integrante de maior peso.
Ela se junta a Constantine, Powerless, Birds of Prey e Inumanos entre as produções que estrearam com uma enorme expectativa, mas naufragaram. Confira porque essas cinco séries simplesmente não aconteceram:
divulgação/the wb
Ashley Scott, Dina Meyer e Rachel Skarsten eram as protagonistas da série Birds of Prey
Birds of Prey
Antes de a rede The CW emplacar hits como Flash e Arrow, sua antecessora, a The WB, apostou alto em 2002 em uma série que prometia vingar. Mas ficou só na promessa. Ambientada em Gotham City, mas sem o Batman como justiceiro nas ruas, Birds of Prey (2002-2003) contou com três heroínas como protagonistas: a Canário Negro e a ex-Batgirl, além da filha do Homem-Morcego com a Mulher-Gato.
A série estreou com 7,6 milhões de telespectadores (número impressionante para a WB). Porém, a audiência caiu drasticamente a cada episódio, e Birds of Prey terminou no 13º capítulo. O público fugiu das atuações medonhas, efeitos visuais sofríveis (diferente dos vistos em Flash e Supergirl) e da trama para lá de cafona. No Brasil, o SBT deu à produção o duvidoso título de Mulher-Gato, que sequer aparecia.
divulgação/NBC
Personagem da DC, Constantine (Matt Ryan) deu às caras em Arrow e Legends of Tomorrow
Constantine
Sucesso nos quadrinhos, Constantine (2014-2015) foi um fiasco na TV tal qual no cinema. A série falhou em vários aspectos e, devido à audiência baixa, foi cancelada. O drama escorregou por não replicar os principais elementos da HQ, como a forte veia política e social.
O fato de ser exibida pela NBC, uma TV aberta, impediu que a trama explorasse a fundo todas as histórias macabras. Em um canal pago ou no streaming, o personagem teria mais liberdade para funcionar.
Constantine foi bem interpretado por Matt Ryan (melhor do que Keanu Reeves, que viveu o personagem no cinema). Ryan deu vida a um ex-vigarista, que virou detetive exorcista e buscava fazer o bem ao salvar pessoas possuídas por demônios. O bom tralhalho levou Ryan a reviver Constantine em Arrow e Legends of Tomorrow. Há rumores de que ele pode também aparecer em Lucifer.
divulgação/abc
Iwan Rheon deixou Game of Thrones para flopar em Inumanos; ele foi vilão nas duas séries
Inumanos
Com um primeiro episódio produzido com alta qualidade, exibido em cinemas Imax (imagens melhores e maiores do que o modelo convencional) nos Estados Unidos, Inumanos (2017) fez barulho em sua estreia. Ajudou o fato de ter no elenco um ex-Game of Thrones, Iwan Rheon, o vil Ramsay Bolton na trama fantasiosa da HBO.
Familiar aos fãs de HQs, Inumanos narrou na TV as aventuras de uma raça de alienígenas. A produção, ligada a Agents of Shield, registrou uma audiência pífia (2,6 milhões de telespectadores por episódio) e foi a série de 2017 com a menor avaliação no site Metacritic: nota 27 de 100. Os críticos ressaltaram como pontos negativos os efeitos especiais de doer e a história sem sentido.
divulgação/nbc
Estrela teen, Vanessa Hudgens não evitou que a comédia Powerless perdesse os poderes
Powerless
Primeira série de comédia da DC Comics, Powerless (2007) tinha uma estrela teen como protagonista. Vanessa Hudgens, a Gabriella do fenômeno High School Musical, encabeçou o elenco. Contudo, ela não conseguiu fazer a produção decolar. Powerless apresentou um mundo caótico no qual os habitantes sofriam com os danos colaterais e destruições causados nos combates de heróis e vilões.
Vanessa foi a única que saiu ilesa desse mico. Os atores que deram apoio a ela atuaram pessimamente, e a trama, embora tenha origem em uma premissa curiosa, foi muito mal aproveitada. Originalmente programada para ter 12 episódios, a rede NBC tirou Powerless do ar após o nono capítulo, deixando os corajosos telespectadores à deriva.
divulgação/netflix
Finn Jones na pele de Punho de Ferro na série homônima; punho irá brilhar em outras atrações
Punho de Ferro
O herói pode até ter um punho de ferro, mas o criador é pé-frio. Roteirista com passagens bem-sucedidas em Six Feet Under (2001-2005) e Dexter (2006-2013), Scott Buck quebrou a cara em suas investidas no mundo dos heróis. Além de desenvolver Punho de Ferro (2017-2018), ele adaptou Inumanos para a TV.
As críticas da primeira temporada de Punho de Ferro foram implacáveis. Tudo porque a origem maluca do herói (filho de um empresário bilionário que entrou em um portal e passou a ser criado por monges em uma cidade mística) não foi bem apresentada na série. Isso afugentou o público, que não voltou para uma segunda temporada, com mais lutas e ação.
Mesmo com o fim da produção, o personagem ainda existirá no universo da Marvel, nas séries da Netflix e em eventuais produções do novo serviço de streaming da Disney. Provavelmente, continuará sendo alvo de piadas de seus colegas heróis.
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