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ANÁLISE

Elite: Sem história, 5ª temporada apela para mais sexo em trama reciclada

Divulgação/Netflix

Itzan Escamilla e Claudia Sallas em cena da 5ª temporada de Elite

Itzan Escamilla e Claudia Sallas em cena da 5ª temporada de Elite; série retorna nesta sexta (8)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 8/4/2022 - 6h25

Um dos maiores sucessos espanhóis da história da Netflix, Elite retorna com sua 5ª temporada nesta sexta-feira (8) como uma mera lembrança do que já foi. Desfigurada pela troca de elenco e sem história, a atração recicla sua trama e apela para ainda mais sexo nos novos episódios.

Desde o seu primeiro ano, lançado em 2018, Elite se destacou pelas inúmeras cenas quentes envolvendo alunos do colegial e mistérios envolvendo assassinatos. A cada nova temporada, o elenco principal se revezava entre novas sequências picantes e outros cadáveres em busca de explicação.

A principal mudança ocorreu entre a terceira e quarta temporada, quando metade do elenco original deixou a atração e deu lugar a novos rostos. O movimento ajudou a oxigenar a trama, apesar dos vícios em safadeza e investigações permanecerem os mesmos.

Na quinta temporada, a fórmula que já demonstrava sinais de desgaste no quarto ano parece tem envelhecido de vez. Com mais trocas no elenco, Elite voltou a utilizar sexo entre jovens e mortes misteriosas para tentar manter o interesse do público. A insistência nos temas, no entanto, ficou longe de surtir efeito.

Os três primeiros episódios do novo ano, aos quais o Notícias da TV assistiu com antecedência, mostram que a série sofre para encontrar uma boa nova história. Sem criatividade, os showrunners Carlos Montero e Darío Madrona colocaram personagens veteranos e novatos para vivenciar os mesmos dramas já explorados à exaustão nas temporadas anteriores.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Os irmãos Ari, Patrick e Mencía

Samuel (Itzan Escamilla) e Omar (Omar Ayuoso), únicos remanescentes do elenco original, são os que mais sofrem com esta ausência de história. O primeiro, protagonista que nunca caiu tanto nas graças do público, retorna mais chato do nunca, enquanto o segundo se aventura em uma subtrama de "serviço social" pouco crível.

A dupla, aliás, tem sua amizade ameaçada em conflitos criados por Benjamin (Diego Martin), o diretor de Las Ensinas, que quase não fazem sentido dentro do próprio universo de Elite. Já Rebeka (Claudia Sallas) e Cayetana (Georgina Amorós), presentes desde a segunda temporada, voltam a sofrer com dramas estabelecidos no quarto ano e que pouco andaram na nova leva.

Do trio de novatos introduzidos na temporada passada, Patrick (Manu Ríos) e Ari (Carla Díaz) são os mais beneficiados com a chegada de novos rostos. O grande responsável por isso é o brasileiro André Lamoglia, cujo personagem Iván, novo aluno da escola, coloca os irmãos em uma disputa "caliente" para ver quem o leva primeiro para a cama.

Além dos dramas adolescentes, a quinta temporada volta a explorar a safadeza como principal fonte de interesse da série. Até uma festa criada com o simples objetivo de fazer o elenco inteiro trocar beijos e carícias é usada como muleta para apimentar um pouco mais a trama.

No quesito mistério, Elite introduz uma nova investigação envolvendo os protagonistas e um cadáver. De diferente há apenas o fato de que, desta vez, os fãs vão demorar um pouco mais para saber a identidade da vítima.

Sem história aparente, Elite corre o risco de chegar em sua já anunciada sexta temporada com mais erros do que acertos. Caso não haja nenhuma grande mudança para justificar a vida longa da série, é possível que a Netflix veja o seu público fiel voltar as atenções para outras produções do mesmo tipo. Afinal, opções com sexo e mortes é o que não falta no catálogo da plataforma.

Assista abaixo ao trailer da quinta temporada de Elite:


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