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ESTREIA NO GLOBOPLAY

Criança paranormal, rituais e mães assustadas: O que esperar de Desalma?

DIVULGAÇÃO/GLOBOPLAY

A atriz Cassia Kis com longos cabelos brancos, em floresta, em frente a buquê de flores amarelas, olha para cima em cena de Desalma

A atriz Cassia Kis vive a bruxa Haia em Desalma, série que estreia no Globoplay nesta quinta (22)

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 22/10/2020 - 6h55

Estreia nesta quinta (22) no Globoplay a série Desalma, produção cheia de terror, drama e casos sobrenaturais. A atração não terá cenas com elementos apavorantes, como matanças sangrentas ou monstros terríveis, mas promete meter medo nos telespectadores com sequências silenciosas, rituais de bruxaria e uma criança que faz contatos paranormais. As protagonistas da história vivem assustadas.

Criada pela roteirista e autora de livros de terror Ana Paula Maia, Desalma se passa em Brígida, uma cidade fictícia do sul do Brasil caracterizada pela colonização ucraniana. Na mitologia eslava, há diversos deuses pagãos e rituais sombrios, que são retratados na trama.

A história gira em torno de uma festividade chamada Ivana Kupala, que foi marcada por uma morte trágica no passado e voltará a acontecer neste ano. A partir daí, coisas estranhas começam a acontecer.

Quem logo nota anormalidades é Ignes, personagem de Cláudia Abreu. Ela sofre com problemas psiquiátricos há 30 anos por ter ficado traumatizada pela tragédia do Ivana Kupala e começa a perceber comportamentos esquisitos em seu filho, o pequeno Anatoli (João Pedro Azevedo). O garoto de olhar distante é capaz de ter contato com o mundo dos mortos.

"O que é interessante é que ela tem uma coisa de animal com esse filho. Ela vai provar isso quando tem que defender a vida dela, é a unica coisa que restou pra ela. Ela é uma panela de pressão, é desequilibrada emocionalmente, está represando muita raiva, revolta, dor. A história não é sobre o tratamento [da saúde mental] dela, mas acho importante falar sobre isso na TV", diz Cláudia.

Ignes era prima de Roman (Nikolas Antunes), homem que tirou a própria vida, com quem Anatoli mantém contato, e que era casado com Giovana (Maria Ribeiro). Mãe de duas filhas, ela se muda para Brígida com a família e logo se angustia com o clima macabro da cidade.

Por fim, há a protagonista que assusta por si só: Haia, a personagem de Cassia Kis, é a "bruxona" da cidade. Ela era mãe de Halyna (Anna Melo), jovem que morreu na festividade há 30 anos. Agora, vive fazendo rituais de bruxaria, e em um deles sua intenção é trazer a alma da jovem de volta ao mundo dos vivos.

Divulgação/globoplay

Claudia Abreu em cena de Desalma como Ignes

Terror sem sangue

Segundo Ana Paula Maia, apesar de as circunstâncias de Desalma serem intensas e sobrenaturais, a série conta histórias de vida e de maternidade que poderiam acontecer realmente. Para ela, os elementos de drama são mais fortes do que o horror por si só.

"O sobrenatural é muito sutil e vai sendo desenvolvido na trama. Você não sabe se é uma crença, uma superstição ou se realmente tá acontecendo. é gradativo, e também é gradativa a sensação do terror. Desalma é marcada por muito silêncio, muita resposta no olhar, muita interação no silêncio", comenta.

"Desalma não é pra que você tenha susto, seu medo é crescente e acompanhado por uma situação de angústia. A gente quer gerar uma atmosfera que te leve a um estado angustiante, e a angústia se torna medo. É uma atmosfera que te incomoda, uma sensação, um medo de uma ambiência, não de alguma coisa. Acho que o público, mais do que temer, vai se identificar com aquela angústia, o medo de passar por aquela situação", opina o diretor Carlos Manga Jr., o Manguinha.

Os dez episódios de Desalma estão disponíveis no Globoplay a partir desta quinta. A segunda temporada da série já está confirmada.


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