The Long Night
Divulgação/HBO
Gwendoline Christie e Nikolaj Coster-Waldau em cena de Long Night, episódio da temporada final de Game of Thrones
JOÃO DA PAZ
Publicado em 16/9/2019 - 4h58
No puro breu, "ninguém viu" o episódio mais aguardado de Game of Thrones (2011-2019). Se não deu para assistir direito à batalha entre os humanos de Westeros contra os white walkers, ao menos deu para ouvir, e a Academia de Televisão americana reconheceu isso. No Creative Arts Emmy realizado na noite de ontem (15), a premiação técnica do Oscar da TV, o capítulo The Long Night ganhou cinco estatuetas, três delas pelo áudio.
O terceiro episódio da última temporada do drama fantasioso da HBO, que prometia apresentar uma batalha nunca antes vista em Hollywood, arrebatou nas categorias de composição musical, edição de som e mixagem de som.
Nos bastidores da premiação, o técnico de som Matthew Weiner, que junto com sua equipe levou para casa a estatueta de mixagem de som, falou sobre o desafio de sonorizar o controverso episódio, que propositadamente foi escuro.
"O episódio todo foi uma cena única, uma narrativa completa e recebemos a missão de manter a energia lá em cima durante todo o momento [o episódio teve quase 90 minutos de duração]. Isso exigiu muito de nossos profissionais. Então, colocamos em prática vários macetes durante uma hora e meia [de cena]", explicou Weiner.
Os outros dois prêmios recebidos por The Long Night foram de maquiagem não-prostética e edição, ambos entre as séries filmadas com câmera única. O episódio saiu como perdedor em três categorias: atriz convidada em série dramática (Carice van Houten, a Melisandre), penteado (série de câmera única) e maquiagem prostética (série, minissérie, telefilme ou especial).
The Long Night ficou a uma estatueta de empatar o recorde de episódio mais premiado do Emmy, que pertence a dois capítulos. Um deles vem da própria Game of Thrones (Batalha dos Bastardos) e o outro é o piloto (primeiro episódio) de Boardwalk Empire (2010-2014). Na cerimônia principal, que acontecerá no próximo domingo (22), The Long Night alcançará o empate se levar a categoria de melhor direção.
Com 18 indicações no total somente no Creative Arts Emmy, Game of Thrones ganhou dez estatuetas, a série com mais vitórias. Seguida da surpreendente Chernobyl (2019), também da HBO, com sete estatuetas. Porém, o aclamado drama do canal premium perdeu em uma categoria crucial, de escalação de elenco de minissérie, para a rival Olhos Que Condenam (2019, Netflix).
A Netflix foi a plataforma, canal ou rede de TV com mais programas premiados: quatro, contra 3 da HBO e da CNN. Mas no total de estatuetas, a HBO terminou a premiação técnica na liderança (25), duas a mais do que a gigante do streaming.
Escuro e em baixa definição, o capítulo The Long Night, terceiro da oitava e última temporada de Game of Thrones, exigiu esforço dos fãs da série para tentar enxergar o que estava acontecendo.
Mesmo em um televisor de ponta e com a HBO em alta definição (HD), o episódio teve vários momentos indecifráveis. Houve instantes nos quais era impossível saber qual personagem estava lutando em determinada cena.
O público teve de fazer truques para ver se amenizava o problema. Além de apagar luzes, foi preciso mexer nas configurações do televisor, como aumentar o brilho no máximo e outros macetes. Como se não bastasse, o episódio perdia a definição do nada.
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