Alvo dos haters na web
João Miguel Junior/TV Globo
Marina Ruy Barbosa faz a primeira mocinha do horário nobre de sua carreira em O Sétimo Guardião
MÁRCIA PEREIRA, no Rio de Janeiro
Publicado em 3/1/2019 - 10h59
Protagonista de duas novelas em 2018, Marina Ruy Barbosa teve que superar muitos obstáculos para deixar para trás o rótulo de atriz mirim e se confirmar como estrela do horário nobre da Globo. Nos 14 anos de carreira, a ruiva teve de encarar muitas ciladas, pegadinhas e fazer sacrifícios para se manter na televisão. Ela ainda ressalta que crescer trabalhando é abdicar de uma adolescência sem responsabilidades.
Nesta semana, Marina se tornou alvo dos haters na internet após ser acusada de defender o presidente Jair Bolsonaro. Foi chamada de "Barbie", "privilegiada" e acusada de não conhecer a real situação do povo brasileiro. Depois, se defendeu.
"Eu nunca disse que apoiava ele [Bolsonaro], ou outra pessoa. Apenas falei isso diante dos comentários desejando que fosse um governo desastroso. Eu espero sempre que seja o melhor possível dentro do possível, para o nosso país", escreveu.
Não é a primeira vez que a mocinha de O Sétimo Guardião se envolve em uma grande polêmica. Em 2013, ela se recusou a raspar a cabeça para viver uma personagem com câncer em Amor à Vida. Provocou a fúria do autor Walcyr Carrasco, que matou a mocinha sem pensar duas vezes. Até hoje, Marina se recusa a falar sobre a controvérsia. "A história não é essa", desconversa, sem dar detalhes.
No entanto, a forma como a ruiva explica sua gratidão a Aguinaldo Silva, por ter acreditado nela no ano seguinte à controvérsia, deixa nas entrelinhas que aquele foi o momento mais difícil de sua trajetória na TV.
Marina saiu de Império (2014) já sabendo que faria a próxima novela de Aguinaldo Silva, que é a atual das nove. Deus Salve o Rei surgiu no meio do caminho, ela não estava escalada para a obra de Daniel Adjafre. Topou porque nunca tinha feito um trabalho de época e se entusiasmou com a primeira trama medieval da Globo.
"Eu já havia dado certeza que participaria dessa novela. A minha parceria com ele [Aguinaldo Silva] começou quando interpretei Maria Ísis [em Império]. Foi meu primeiro papel um pouco mais maduro, mais sensual. Ele é um autor que, para mim, não deixa de ser um padrinho, tanto que ele foi o do meu casamento. Ele escreveu essa novela há alguns anos pensando em mim", relata.
reprodução/TV Globo
Marina contracena com Cláudia Abreu na novela Belíssima, quando tinha 10 anos de idade
Os primeiros degraus
Ao se rever em Belíssima (2005), que está no ar no Vale a Pena Ver de Novo, ela diz que passa um filme em sua cabeça e fica até emocionada. "Eu amo muito o que eu faço. É muito doido porque eu lembro exatamente os meus sonhos naquela época e as minhas vontades e admirações. Com 10 anos, muito menina, atuando completamente na intuição, na vontade de fazer, já querendo acertar", recorda-se.
"Estou crescendo ainda porque é uma trajetória difícil essa virada de atriz mirim para atriz. São muitas ciladas, muitas pegadinhas, muitos atalhos que não dão certo. Eu sempre procurei acreditar no meu feeling e que a verdade, o trabalho e o estudo iam me levar ao caminho certo", comenta.
Estrela de uma novela das nove pela primeira vez, a ruiva diz que não se deslumbra com nada: "A fama e esse glamour são superficiais. Real é o meu trabalho".
Ano sabático
Casada há pouco mais de um ano com o piloto Xande Negrão, ela diz que pretende dar uma pausa na carreira depois de O Sétimo Guardião. Quer ter um ano sabático.
Conta que desde o começo do namoro, há três anos, não parou de trabalhar. Ela estava no ar em Totalmente Demais (2015) quando conheceu Negrão. Engatou a participação na minissérie Justiça (2016) e a novela das sete medieval, fora dois filmes, nesse período entre namoro e o primeiro ano de casada.
reprodução/tv globo
Marina como Nicole em Amor à Vida; personagem morreu no altar e virou fantasma
Marina diz que Luz é a primeira mulher (adulta) que faz em novelas, apesar do ar adolescente que a professora tem. Tanto o autor quanto a ruiva afirmam que a personagem começa menina, mas vai se transformando ao longo da trama.
Ao ser questionada como define a mocinha, que tem o dom da premonição e parece falar com o gato León com os olhos, ela responde que a palavra certa é "estranha".
Vai ficar cascuda
Para ela, Luz vive no que chama de "bolha", sem celular, internet ou televisão. E também sem estresse e ansiedade. "Uma menina que tem a minha idade, mas que não tem experiência. Pura de qualquer maldade, mas vai precisar ficar mais cascuda com o tempo e aprender a se defender", resume.
Com o cabelo um pouco mais vermelho, à base de tonalizante, mais curto e com franja, ela assegura que não se negaria a mudar seu visual por um papel.
"Faz parte e é bom como atriz, me ajuda, ainda mais quando faço um personagem seguido do outro. Agora, nós tínhamos várias possibilidades visuais, nós pensamos em cortar mais curtinho e tal, pintar de outra cor, chegamos a cogitar, mas o Aguinaldo achou melhor continuar ruiva, já tinha idealizado a personagem assim."
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