ESTREIA NO GLOBOPLAY
LUCAS MENNEZES/DIVULGAÇÃO
Claudia Raia foi alçada ao status de estrela após protagonizar Sassaricando em 1987
"Burra e gostosa" foram algumas das palavras usadas pelo autor Silvio de Abreu para definir a Tancinha de Sassaricando (1987), que estreia nesta segunda-feira (24) no catálogo do Globoplay. A personagem que alçou Claudia Raia ao patamar de estrela abusava da sensualidade para atrair clientes na feira. Mas o que hoje se chama de "objetificar" o próprio corpo não seria suficiente para promover o cancelamento da mocinha, na opinião da atriz: "Ela era um mulherão", define.
"Aliás, acho que ela é uma personagem muito atual", defende Claudia, em entrevista ao Notícias da TV. "Tancinha é uma mulher muito empoderada, dona de si, justa. Ela é muito sincera, honesta, divertida, tem uma pureza. É uma personagem com quem o público se identifica, tanto que faz sucesso até hoje", completa.
De fato, a versão atualizada de Tancinha, interpretada por Mariana Ximenes em Haja Coração (2016), pouco fugiu das características da original. "Claro que há diferenças, mas a essência da Tancinha estava na personagem defendida lindamente pela Mariana Ximenes", elogia a veterana.
O remake escrito por Daniel Ortiz caiu no gosto do público quase 30 anos depois da estreia de Sassaricando, e o público pôde conhecer a mocinha que marcou época por fugir do clichê de sofredora e chorona.
Tancinha é um marco na teledramaturgia, tanto que tantos anos depois, estamos aqui falando dela ainda. É uma personagem que mostrou uma mudança de paradigma e de comportamento das mocinhas. Ela era um mulherão, mas que tinha uma inocência muito grande, e isso dava um tom cômico para ela também.
"Outra novidade foi a indecisão dela, né? Não era um vilão e um mocinho que a disputavam, eram dois tipos de amores. Isso foi muito interessante de acompanhar, ver o público dividido também. Na minha carreira, então, ela é fundamental. Com ela, eu vivi a explosão da minha carreira. Acho que o público criou uma identificação e uma conexão muito grande com ela", completa a intérprete.
Sobre o sucesso da história de Silvio de Abreu, Claudia Raia faz questão de relembrar o time estrelado que deu vida aos personagens, além dos pontos altos da trama.
"Acho que a história da Tancinha foi um ponto alto da novela, sem dúvida. A história da Fedora [Cristina Pereira] e Leozinho [Diogo Villela] também foi muito divertida. Ela casando de preto, gente? O que foi aquilo? E a história principal também, do Aparício [Paulo Autran] e Rebeca [Tônia Carrero], que também trazia uma diversão, já que ele se dividia entre as duas personalidades", enumera.
"Sem contar o grande trabalho da Irene Ravache, que é uma grande comediante, e da Eva Wilma, nossa Vivinha, que acabamos de perder. O trio de protagonistas, interpretado pela Tônia Carrero, Irene Ravache e Eva Wilma era impagável. Era um grande momento de novela", elogia a atriz.
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