Praias, vulcão e pirâmide maia: Onde foi gravada Flor do Caribe?

Os cenários paradisíacos viraram uma carta na manga da Globo para divulgar a reprise de Flor do Caribe, que volta ao ar na próxima segunda (31). Em 2013, a emissora investiu pesado em duas viagens para rodar as primeiras sequências de sua novela das seis entre o Rio Grande do Norte e a Guatemala, país da América Central.

Intérprete da protagonista Ester, a atriz Grazi Massafera convida o público nas primeiras chamadas da trama para "embarcar" em um passeio pelas praias de Tibau do Sul (RN), como Pipa e Cacimbinhas. As peças publicitárias ainda dão uma roupagem "exótica" às cenas obtidas nas cidades de Tikal, Lago Izabal, Semuc Champey e La Antigua, na nação caribenha.

A prática até então era incomum para o horário, já que as gravações no exterior eram reservadas aos folhetins da faixa das nove. "Foi uma gincana organizar todo o processo, uma logística bem complicada. Uns 50 dias à procura das coisas, desde as locações até os figurantes, para tudo dar veracidade à trama", explica o diretor artístico Jayme Monjardim ao Notícias da TV.

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Diferentemente dos dias atuais, a Globo não confrontava uma crise econômica e colocou a mão no bolso para gravar em locações de difícil acesso, como o vulcão Pacaya e as pirâmides da civilização maia, na história de Walther Negrão.

"Houve um momento em que a gente enfrentou um trajeto de 15 horas para chegar até as pirâmides, os helicópteros não puderam decolar por causa do mau tempo. Acho que nem Hollywood tinha gravado lá", explica Jean Pierre Noher, que deu vida ao malandro Duque.

JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO

Raphael Vianna e Bruno Gissoni gravam a novela em Timbau do Sul, no Rio Grande do Norte

Patrimônio nacional

A equipe também passou perrengues para gravar no Brasil, a exemplo das externas nas dunas da praia de Pipa, no Rio Grande do Norte. "Eu fiquei com as pernas presas até o joelho nas areias", relembra José Loreto, que ainda tinha de lidar com os "improvisos" da cabra Ariana --mascote de seu personagem, o aluado Candinho.

Henri Castelli, porém, encarou a maior amplitude entre uma tomada e outra. Ele chegou a gravar a 30 mil pés em um dos caças da Base Aérea de Natal (RN), mas também se aventurou dentro de uma mina de tungstênio em Cerro-Corá (RN), 180 metros abaixo do nível do mar.

"Foram dez dias subindo e descendo aquelas escadas, quatro vezes por dia,, até hoje o meu peito dói (risos). Ainda tinha o Afonso Beato, já com 72 anos, que fazia então a direção de fotografia na época. O esforço valeu a pena, fez um belíssimo trabalho", arremata Monjardim.

Com as gravações de Nos Tempo do Imperador suspensas por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19), a Globo escalou a reprise de Flor do Caribe para substituir Novo Mundo na faixa das seis. Além dos spoilers, o Notícias da TV publica diariamente os resumos das novelas.