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SOU DESSE CHÃO

Para dar novo final a Tião Galinha, Renascer vira remake de O Rei do Gado

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O ator Irandhir Santos caracterizado como Tião Galinha em cena de Renascer

Tião Galinha (Irandhir Santos) em Renascer; ele se tornou líder informal de sem-terra

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 8/7/2024 - 21h00

Bruno Luperi reagiu às críticas ao excesso de deferência ao texto original no remake de Pantanal (2022) e promoveu consideráveis mudanças na nova versão de Renascer. Tião Galinha (Irandhir Santos) mantém a essência do personagem que foi vivido por Osmar Prado em 1993, mas segue por novos caminhos --os quais, por vezes, lembram muito mais O Rei do Gado (1996) do que a saga dos produtores de cacau.

No capítulo da última segunda (1º), Tião chegou a enfrentar José Inocêncio (Marcos Palmeira) como líder dos trabalhadores que vão à lida nas fazendas. Ele não gostou de o protagonista ter insinuado que aquelas pessoas estavam envolvidas no roubo da sua safra --arquitetado por Egídio (Vladimir Brichta).

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) não foi citado diretamente, mas acabou aludido no discurso do marido de Joaninha (Alice Carvalho). "Nossa luta é a de ir atrás de terra parada. Me dei conta que tem uns trabalhadores que pensam igual a mim. Mas de maneira conjunta e organizada. Me juntei ao movimento", declarou Tião.

Benedito Ruy Barbosa abordou a reforma agrária em diversos folhetins, especialmente na primeira versão de Meu Pedacinho de Chão (1971). Não à toa, Tião utiliza o título da produção para se referir ao sonho de poder plantar e colher em sua própria propriedade.

O MST, entretanto, recebeu mais destaque em O Rei do Gado, na qual a protagonista Luana (Patricia Pillar) era uma boia-fria. A novela, que até hoje é lembrada como um dos maiores sucessos da Globo, ainda trazia Regino (Jackson Antunes) e Jacira (Ana Beatriz Nogueira) como representantes legítimos do movimento.

Na história, o senador Caxias (Marcos Vereza) chegou a ser assassinado por defender a utilização de latifúndios improdutivos para a reforma agrária. O velório do personagem fictício chegou a contar com a participação de parlamentares da vida real --Eduardo Suplicy e Benedita da Silva, ambos do PT (Partido dos Trabalhadores).

Agora, Luperi colocou o pastor Lívio (Breno da Matta) para assumir essa discussão em Renascer, em mais uma das mudanças em relação ao original. Ele ainda acrescentou uma camada extra, sobre a representação da parcela mais progressista dos evangélicos --os quais divergem consideravelmente da Bancada da Bíblia no Congresso.

Leia também -> Resumo dos próximos capítulos da novela Renascer.

Renascer foi escrita e criada pelo autor Benedito Ruy Barbosa. A primeira versão foi ao ar na Globo em 1993. Bruno Luperi é neto do novelista e responsável pela adaptação da saga rural que estreou no horário nobre em janeiro. O remake ficará no ar até setembro.


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