DE PROVOCAÇÃO A RACISMO
FOTOS: REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Guta (Julia Dalavia) deixará seu discurso feminista de lado para atazanar Zuleica (Aline Borges) em Pantanal. Assim que pisar na casa da madrasta, a engenheira eliminará a "sororidade" de seu dicionário e julgará a amante do pai mais do que fez com o próprio Tenório (Murilo Benício). Para piorar, a jovem não dará muita bola para o preconceito que atinge seus irmãos na novela das nove da Globo.
A rebelde até sairá da casa de Maria Bruaca (Isabel Teixeira), mas carregará consigo a língua das jararacas que habitam aquelas planícies alagadas. Ela implorará para conhecer Renato (Gabriel Santana) e Roberto (Cauê Campos) --uma desculpa fajuta para ficar cara a cara a rival de sua mãe e fazer da vida dela um inferno.
A personagem de Julia Dalavia chegará de mansinho, puxando assunto e elogiando a beleza da anfitriã. Pouco tempo depois, porém, a ex-namorada de Tadeu (José Loreto) destilará seu primeiro jato de "veneno". "Eu estava pensando que poderia acusar meu pai do que for menos de mau gosto. A julgar pela amante", disparará.
De início, a enfermeira tentará não cair nas provocações da forasteira. Ela dirá que imagina o quão difícil é digerir toda essa situação. Guta, porém, cortará a paulistana: "Com todo respeito: você não faz a menor ideia!".
"Eu acho que você está no seu direito em não ir com a minha cara. Eu, no seu lugar, não sei se teria me prestado ao trabalho de vir até aqui", começará a falar a enfermeira. "Quando eu conheci o seu pai, Guta, eu não imaginava que ele fosse casado. Nós nos conhecemos em um pedaço muito difícil da minha vida", acrescentará a mulher em cenas que devem ir ao ar a partir de quarta-feira (6).
A cobra que vive dentro de Guta se agitará. Irônica, ela mencionará que Zuleica deve ter tido muita sorte ao encontrar justamente um homem mais velho, rico e infeliz no casamento para aquietar suas aflições. A enfermeira ressaltará que nunca contou com a ajuda financeira do parceiro. Ele só ajudava nas despesas dos filhos do casal.
"E isso, para mim, não é motivo de vergonha. Até porque nós não fazemos filhos sozinhas, fazemos?", questionará a mulher, quase que farejando o feminismo fajuto da hóspede. Ela ainda destacará que nunca teve problemas em viver apenas com o que conseguia pagar: "O pouco que conquistamos foi com o suor do meu trabalho e, mais tarde, com a ajuda dos meninos".
Mais tarde, Guta dará um jeito de implicar até na hora de lavar sua roupas sujas. A mocinha ficará furiosa ao perceber que a amante tem uma máquina de lavar novinha --enquanto Maria Bruaca precisa bater a roupa em um tanque de pedra e deixá-las secando no varal. A enfermeira oferecerá o eletrodoméstico para a jovem de bom grado, mas exigirá que ela "desembuche" logo o que quer saber.
"Eu quero saber se você ama o meu pai", questionará a engenheira. "Eu amo tanto o seu pai, Guta, e sou tão grata a ele, que aceitei dividi-lo com uma mulher com a qual ele foi infeliz uma vida inteira e de quem ele nunca teve coragem de se separar... Por pena dela... E de você!", afirmará a profissional da área da saúde
Não bastasse as constantes indiretas da enteada, Zuleica perceberá nitidamente o racismo que norteia as relações em sua casa. Guta detém privilégios na relação com pai simplesmente por ser branca, ela vai concluir. Ele enche a moça de mordomias, mas sequer assumiu os demais filhos publicamente.
Zuleica joga verdades na cara de Tenório
Ela até confrontará o grileiro pela injustiça no tratamento diferenciado dos filhos, mas ele classificará a reivindicação como "mi mi mi". "Sua omissão quando se trata desse assunto, fingindo que nós não somos vítimas de preconceito todos os dias, é uma ofensa para todos nessa casa", falará.
Eu quero que você tome consciência de uma vez por todas que isso não é piada, não é frescura, é racismo! É preconceito! E eu quero... Ou melhor: eu faço questão que você reconheça a sua parcela de culpa nisso tudo.
Mais uma vez, Tenório minimizará as acusações. "Eu posso num entendê muito desses assuntos. Mas, até aí, falar que eu trato a Guta melhor que eles só porque ela é branca já é demais", retrucará o canalha.
Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor. Após a atual novela das nove, a emissora colocará no ar Travessia, trama de Gloria Perez que contará com núcleos no Maranhão e em Portugal.
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