Nos Tempos do Imperador: Teresa Cristina entra na mira de final trágico

Teresa Cristina (Leticia Sabatella) está farta de comer o pão que o diabo amassou e, ainda assim, terá de guardar espaço para mais um pouco de sofrimento em Nos Tempos do Imperador. Afinal, a princesa das Duas Sicílias corre o risco de cumprir uma profecia feita por ela na novela das seis da Globo: a morte por tristeza no exílio.

O folhetim de Alessandro Marson e Thereza Falcão não acompanhará a viagem da família imperial após a proclamação da República em 1889. A história oficialmente acabará em meados de 1870, com a rendição de Solano López (Roberto Birindelli) e o fim da Guerra do Paraguai (1864-1870).

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O recorte, se seguido à risca, deixará de fora uma série de eventos absolutamente relevantes para os Orléans e Bragança. Entre eles, a morte trágica de Leopoldina (Bruna Griphao) em 1871 e o nascimento do primeiro filho de Isabel (Giulia Gayoso) --a natimorta Luísa Vitória em 1874.

Os roteiristas, porém, já deram indícios de que a trama não vai seguir ipsis litteris às páginas dos livros de História nas cenas que serão exibidas nesta sexta-feira (4). Em uma liberdade poética, por exemplo, Luísa (Mariana Ximenes) voltou ao Brasil para vender o engenho do pai e retomar o romance com Pedro (Selton Mello), o que não aconteceu na realidade.

Marson e Thereza também têm interesse em oferecer à Globo uma terceira novela para concluir a saga iniciada em Novo Mundo (2017). A personagem de Giulia Gayoso se tornaria a protagonista da história, que preencheria lacunas deixadas pela atual produção --como a abolição e o golpe militar que instaurou o regime republicano.

Teresa (Leticia Sabatella) na novela das seis

Qual o final de Teresa Cristina?

Segundo uma fonte do Notícias da TV nos bastidores da Globo, o personagem de Selton Mello aparecerá mais uma vez no fim da vida, exilado em Paris, para narrar brevemente os desfechos dos familiares e de alguns outros personagens. Ele já apareceu com as barbas brancas no primeiro capítulo, debaixo de neve e em frente à Torre Eiffel.

Teresa Cristina foi uma das figuras mais populares e, caso a novela não estivesse praticamente gravada desde a estreia, escaparia facilmente de um fim trágico. Os próprios escritores, em um agrado aos telespectadores, já varreram para baixo do tapete o desgosto e o abandono de Leopoldina (Leticia Colin) em Novo Mundo.

A estadia de Pedro na capital francesa, porém, é posterior à morte da mulher. Segundo o historiador Roderick J. Barman, a imperatriz foi profundamente abalada pelos eventos de 15 de novembro de 1889 e chegou bastante debilitada em Lisboa. Antes de morrer, ela teria lamentado que nunca mais poderia voltar ao Brasil.

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