MULHERES APAIXONADAS
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Oswaldo Louzada e Regiane Alves como os personagens Leopoldo e Dóris de Mulheres Apaixonadas
Neta malvada e inescrupulosa em Mulheres Apaixonadas (2003), Regiane Alves se orgulha da repercussão negativa da personagem Dóris. Na trama de Manoel Carlos, a vilã maltratava os avós, roubava dinheiro deles e até os ofendia gratuitamente. "Fui até para Brasília falar sobre isso, e o Estatuto do Idoso foi criado naquela época. Extrapolou o entretenimento", ressaltou a atriz.
No folhetim que marcou os primeiros anos da década de 2000, a jovem extrapolava todos os limites, mas gerou uma discussão na vida real que ganhou força até para criar leis.
"Ninguém sabia bem o melhor jeito de agir nessa situação. Aí na novela apareceu uma adolescente inconformada por ter que dividir o seu espaço falando barbaridades. Todo mundo começou a tocar no assunto, que era velado", relembrou Regiane em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
Um projeto foi criado pelo então deputado e Paulo Paim (PT/RS) e foi aprovado pelo Senado na época que Mulheres Apaixonadas foi ao ar. O texto foi sancionado pelo presidente em exercício na época, Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula (PT).
Parte do elenco se movimentou e fez pressão para que políticos aprovassem o Estatuto do Idoso, que prometeria direitos às pessoas da terceira idade. Ao lado de Regiane, os atores Oswaldo Louzada (1912-2008) e Carmem Silva (1916-2008), intérpretes do casal Leopoldo e Flora --personagens agredidos por Dóris, parciciparam da comitiva à Brasília.
O estatuto estabelece, por exemplo, que nenhum idoso pode ser objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão. Há penas de até 12 anos de reclusão para quem for processado e declarado culpado.
Atualmente, Regiane e as maldades de Dóris podem ser vistas na reprise de Mulheres Apaixonadas no canal Viva, na TV paga. "Escolheram bem a época para passar as novelas em que eu era odiada. Confinada, estou segura das agressões", brincou ela.
"As cenas com a Carmem Silva e o Oswaldo Louzada foram um momento especial. Pude dividir com eles o final da carreira de ambos, que foi enorme. E agora já tenho os meus filhos, que pela primeira vez estão me vendo em novelas. Digo 'olha a mamãe ali', mas eles ainda estranham. Está sendo bom poder curtir isso neste momento em que estamos todos em casa", ressaltou.
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