CAFETINA JACUTINGA
FÁBIO ROCHA/TV GLOBO
Juliana Paes vai interpretar Jacutinga no remake de Renascer, que estreia em janeiro na Globo
Juliana Paes diz sentir uma força brutal ao ler os capítulos do remake de Renascer. Na nova versão da novela de 1993, ela vai incorporar a cafetina Jacutinga nas duas fases. Para a atriz, a trama é sobre redenção e traz no eixo central uma história de amor que é vivida a plenos pulmões. "Tem a capacidade de uma bomba atômica", conta.
Aos 44 anos, ela lembra que tinha entre 12 e 13 quando assistiu ao folhetim escrito por Benedito Ruy Barbosa --o remake está sob responsabilidade do neto dele, o autor Bruno Luperi. "Não deixava de assistir nada, era uma emoção acompanhar aquela história. A novela me propôs reflexões muito especiais naquela época", ressalta.
O mais marcante, segundo a atriz, foi entender como o avesso do amor pode machucar. "O amor pode ferir, como as relações entre pais e filhos podem se perpetuar e podem trazer, como rastro de pólvora, tantas emoções e tantas experiências na vida das pessoas. Tem ainda o papel do tempo, como o tempo pode ser cruel às vezes, mas também tem a força de selar sentimentos."
Ela refere-se à saga de José Inocêncio, protagonista que agora será vivido por Humberto Carrão nos primeiros 13 capítulos --na segunda fase, Marcos Palmeira assume o papel. Na história, ele rejeita o filho caçula porque o grande amor de sua vida, Maria Santa (Duda Santos), morre no parto.
"Renascer tem muito esse símbolo de amores redimidos, mexeu muito comigo na época. Tem a coisa do cramulhão, a culpa do José Inocêncio... Isso tudo tinha um paralelo com a minha família que é muito forte para mim", declara.
A personagem foi originalmente interpretada por Fernanda Montenegro, ícone da dramaturgia brasileira. "Era um acontecimento, algo que não pode ser refeito. O que foi feito com perfeição não pode ser refeito", pontua. A atriz quer fazer uma grande homenagem à veterana, mas conta que dará vida a outra Jacutinga, uma mulher de novos tempos, que defende as mulheres.
Juliana afirma que tem uma grande admiração por Bruno Luperi pela sua capacidade de atualizar a história e manter os personagens pulsando. Ela confidencia que as orientações no roteiro, as rubricas, têm tudo que o ator precisa para vivenciar as emoções que devem comover o público.
Ela também adianta que o remake de Renascer tem uma grande preocupação em conversar com as novas gerações. Coisas como o parto de Maria Santa foram ajustadas para o que acontece na vida real. Nesse caso, não será como a posição ginecológica que foi muito usada em diferentes tramas no audiovisual. Jacutinga será a parteira da mocinha.
Jacutinga é apresentada como a dona da "casa das damas", além de ser uma mulher de grande força e sabedoria. Ela é acolhedora e se torna uma segunda mãe para Maria Santa quando a jovem é abandonada na sua porta pelos pais.
A família da jovem acha que ela está desonrada por ter dado um beijo na boca em José Inocêncio. A cafetina acaba unindo o casal apaixonado, que se casa logo em seguida.
Ela, então, realiza os partos dos quatro filhos deles: José Augusto (Renan Monteiro), José Bento (Marcello Melo Jr.), José Venâncio (Rodrigo Simas) e João Pedro (Juan Paiva). A garota morre ao dar à luz o caçula, o que fará o pai rejeitá-lo a vida toda.
O enterro de Maria Santa foi gravado terça (12) nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Na mesma data, a Globo realizou um bate-papo virtual entre jornalistas e alguns atores da trama, como Juliana Paes. Renascer tem estreia prevista para 22 de janeiro, no lugar de Terra e Paixão.
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