Ícone do movimento LGBTQIA+, Divina Valéria sacode vida de Brisa em Travessia

A drag queen Divina Valéria fará uma participação especial em Travessia. Precursora do movimento LGBTQAIP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, assexuais, intersexo e pansexuais), ela interpretará a si mesma e terá uma casa de shows em Vila Isabel. No decorrer da novela das nove da Globo, a artista dará um emprego para Brisa (Lucy Alves).

A oportunidade vai sacudir a vida da protagonista, cansada de aturar as fofocas de Rose (Aliny Ulbricht) para ter seu ganha-pão. Fofoqueira, a mulher explanou a vida inteira de Brisa para a ex-sogra dela, Núbia (Drica Moraes), que estava disposta a destruí-la.

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Wesley (Gero Camilo) vai apresentá-la para Divina. Depois disso, a maranhense acabará sendo contratada para trabalhar como costureira no local. Ela também ouvirá os conselhos e as experiências da sua empregadora.

A trama deveria ter ido ao ar em outro momento, logo quando Brisa apartou de vez no Rio de Janeiro. Ela continuaria tendo suas desavenças com Nunes (Orã Figueiredo), mas, em vez de acabar no salão de beleza, um cliente do bar ouviria seu drama e lhe ofereceria um posto no clube.

No perfil do personagem, constava que se tratava de um enfermeiro que, à noite, faria show como drag queen. Ele saberia que Brisa costura e tem experiência com grupos de dança. O rapaz, então, ofereceria à maranhense um cargo como camareira de seu show.

A trama ocuparia espaço até que Brisa enfim reencontrasse Ari (Chay Suede) --o que demoraria bem mais para acontecer na primeira sinopse entregue pela autora Gloria Perez. Mas, com a baixa repercussão do folhetim, a novelista optou por adiantar o reencontro e a virada na relação entre o casal protagonista.

Divina foi um dos primeiros nomes do movimento LGBTQAIP+ no Brasil. Ela surgiu no cenário artístico em 1964, no espetáculo Les Girls, ao lado de nomes como Rogéria (1943-2017). O show fez sucesso, e ela acabou viajando para a Europa na década de 1970. Se radicou em Paris, na França, e conheceu o artista Di Cavalcanti (1897-1976) --que fez questão de retratá-la. Voltou ao Brasil e viveu o auge da vida cultural na Cinelândia, no Rio de Janeiro.

Travessia terminará em 5 de maio e dará lugar à novela Terra e Paixão, trama escrita por Walcyr Carrasco. A nova novela rural do horário nobre conta com Barbara Reis como protagonista. 

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