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A LEI DO AMOR

Gianecchini reclama de falta de preparação: 'Fui jogado na cova dos leões'

Divulgação/TV Globo

Reynaldo Gianecchini interpreta Pedro em A Lei do Amor a partir desta sexta-feira (7) - Divulgação/TV Globo

Reynaldo Gianecchini interpreta Pedro em A Lei do Amor a partir desta sexta-feira (7)

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 7/10/2016 - 5h29

Reynaldo Gianecchini encabeça o elenco de A Lei do Amor a partir desta sexta-feira (7), com a mudança de fase da novela das nove. Após passar dois meses se preparando juntamente com Chay Suede para interpretar o mocinho Pedro, ele lamenta não ter tido o mesmo preparo para sua estreia na TV, há 16 anos, em Laços de Família. O ator confessa que era muito verde e imaturo. 

"Acho que o Chay Suede veio de uma geração que teve acesso a muito coisa. Essa preparação que ele teve para fazer essa novela, eu nunca tive isso. Eu acho que ele vem muito mais estruturado. Muito mais preparado do que eu naquela época [de Laços de Família]. Era a minha primeira novela. Eu não sabia realmente nada. Fui jogado na cova dos leões e falaram: 'Se vira'. Um personagem enorme, com uma carga de trabalho muito grande. Não dava tempo para ninguém ficar me ensinando. Os tempos são outros agora", diz o ator.

Aos 43 anos, ele conta que não gostava de se ver em cena em 2000, quando contracenava com Vera Fischer e Camila Dieckmann, mas assiste à reprise de Laços de Família no canal Viva sempre que pode. "É sempre difícil a gente se ver. Depois que se passam anos, você vê sem aquela ansiedade. Hoje em dia, eu vejo e comento que eu era verde. Tinha uma imaturidade enorme da profissão, mas tinham umas coisas bem legais, como a minha vontade de estar ali, o olhinho de quem realmente estava querendo aprender. Tinha um encantamento meu de descoberta", comenta.

Gianecchini (Edu) e Vera Fischer (Helena) formaram um casal no início de Laços de Família

Gringo
Com um visual diferente, Gianecchini conta que "se disfarçou" com a barba e o cabelo claros de seu personagem em A Lei do Amor. Como não era reconhecido nas ruas, viu jogos da Olimpíada do Rio como qualquer torcedor e andou de ônibus. "Achavam que eu era gringo. Ninguém me abordava. Esse visual do Pedro é o de um cara que ficou anos na vida exposto ao sol. Ele é velejador. É um processo bem difícil chegar. O pessoal da maquiagem ficou testando durante meses", conta o galã.

Para o ator, a caracterização e o figurino ajudam muito na composição do personagem, e esse do Pedro diz muito sobre quem é ele. Com cenas no mar ou na represa, ele respeita as águas e não é de se aventurar em mergulhos. Como morava no interior de São Paulo na infância, só viu o mar pela primeira vez aos nove anos.

"O mar tem uma força ali muito grande, da natureza em si. Toda vez que eu entro no mar eu faço uma oração. Sempre com todo respeito", comenta. O ator teve aula para aprender a velejar. "É uma delícia! Estou com vontade de ter esse hobby para o resto da minha vida."

Pedro chegará na trama depois de passar 20 anos morando fora do país. Seu retorno atenderá a um pedido do pai, Fausto (Tarcísio Meira). Arrependido, o empresário e político revelará que armou para o filho se separar de Helô (Isabelle Drummond/Claudia Abreu) na juventude.

O velejador vai explodir de raiva, falará com Suzana (Gabriela Duarte/Regina Duarte) e contará tudo para a amada. A parti daí, ele enfrentará uma nova batalha para poder ficar com ela. "O futuro do Pedro é colocar aquela família em ordem, redescobrir o amor, lutar pela justiça. Ele resgata valores que estão perdidos. É um mocinho, é do bem, mas é legal." 


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