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SEGREDOS DE JUSTIÇA

Gloria Pires julga casos secretos e surreais em nova série do Fantástico

Renato Rocha Miranda/TV Globo

A atriz Gloria Pires em cena como a juíza da série Segredos de Justiça, do Fantástico - Renato Rocha Miranda/TV Globo

A atriz Gloria Pires em cena como a juíza da série Segredos de Justiça, do Fantástico

FERNANDA LOPES

Publicado em 7/10/2016 - 5h19

No primeiro trimestre deste ano, Gloria Pires, compareceu a uma série de audiências judiciais. A atriz de 53 anos estava se preparando para interpretar a juíza Andrea Pachá na série Segredos de Justiça, que estreia no Fantástico neste domingo (9). Todos os casos julgados por ela, além de secretos, têm um quê de extraordinários. As questões envolvem famílias complicadas e complexas, que procuram soluções incomuns para o Judiciário brasileiro.

No primeiro episódio, uma mãe está no centro da batalha entre dois homens: o pai biológico de seu filho a abandonou grávida e, seis anos depois, quer conquistar a paternidade da criança judicialmente. Mas o melhor amigo dela registrou a criança oficialmente na época do nascimento e não quer abrir mão de seu filho de criação.

"Gosto muito dessa história, foi uma das que mais me marcaram. Todas têm um tempero especial, gostei dessa salada que foi feita. As histórias foram muito bem escolhidas. É instigante, dá vontade de saber mais", diz Gloria.

As tramas dos cinco episódios de Segredo de Justiça foram inspiradas em casos reais retratados no livro A Vida Não É Justa, escrito pela própria Andrea Pachá. Ela teve que trocar todos os nomes e mudar detalhes das histórias para preservar a identidade dos personagens, que conheceu e julgou ao longo de 15 anos como juíza de vara de família.

Andrea tem voz suave, é descrita por Gloria Pires como "uma pessoa encantadora" e não usa toga em serviço. Por isso mesmo, ela confessa que se ressente com a imagem de glamour e poder que a TV costuma passar do sistema judiciário.

"Tinha que ser a Gloria para fazer essa interpretação. Foi uma preocupação. Tive medo da adaptação, pensei: 'Ai meu Deus, e se fizerem uma coisa maniqueísta, um Fla-Flu?'. Mas nada disso aconteceu. Acho que é a primeira vez que a gente tem uma dramaturgia com um olhar tão realista do Judiciário. A gente se ressente às vezes porque o juiz é visto como um ser autoritário, que fala grosso, que dá martelada. Eu convivo com colegas do Brasil inteiro e sei que essa não é a realidade do cotidiano da magistratura. Poder traduzir isso de uma forma humana foi muito bacana", diz Andrea Pachá.

A juíza compareceu às gravações dos episódios para tirar dúvidas dos atores e deixar a produção mais próxima da realidade. Nesse mesmo esforço, a direção da série optou por um recurso narrativo curioso (e um tanto confuso). As histórias dos personagens são contadas de duas formas. A principal é uma dramaturgia, na qual Gloria Pires contracena com atores que representam os envolvidos nos casos _o elenco dessas cenas conta apenas com nomes já conhecidos do público, como Heloísa Périssé, Rafael Cardoso, Tonico Pereira e Felipe Camargo. A secundária é baseada em depoimentos de atores desconhecidos, que atuam como se fossem as pessoas reais de cada caso.

"[Chamo de] falso docudrama, inventei essa palavra. É a melhor forma de transpor isso para o vídeo. Consegui criar um fluxo revelador onde a questão de quem é ficção ou quem é realidade talvez seja irrelevante, porque [a série] representa uma verdade maior. E é também um desafio narrativo. A gente quer ser competitivo para o Fantástico, quer ajudar [o programa] a fazer uma entrega legal para o público", explica o diretor artístico Rafael Dragaud.

Renato Rocha Miranda/TV Globo

Cena do primeiro episódio de Justiça, que mostra dois pais na disputa de uma criança


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