ORGULHO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Em O Clone, Mara Manzan vivia a alpinista Odete, dona do bordão "cada mergulho é um flash!"
Thati Manzan, filha de Mara Manzan (1952-2009), revelou que acompanha a reapresentação de O Clone pelo Vale a Ver de Novo para matar a saudade da mãe, que morreu em decorrência de um câncer no pulmão. No folhetim, a atriz interpretou a alpinista social Odete, dona do bordão "cada mergulho é um flash!".
As reprises dos trabalhos de Mara --seja no Vale a Pena Ver de Novo, no canal Viva ou no Globoplay-- são uma forma de a neta caçula, Lara, "conviver" com a avó. "É um grande privilégio ver minha mãe viva, não só nesta novela, mas em várias outras. Quando ela morreu, minha filha mais nova tinha quatro meses, então a Lara conhece e vê a avó viva por causa dos trabalhos na TV", declarou, em entrevista ao portal Na Telinha.
Também atriz, a filha da veterana se entristece ao ver a mãe. Em alguns casos, a saudade "bate de um jeito que não é bom".
É muito triste, porque minha mãe morreu muito nova. Existe um lado que me entristece, óbvio, ao assistir aos trabalhos dela, mas existe outro que dá muito orgulho de tudo que ela fez, de onde ela conseguiu chegar, do respeito, carinho e admiração que todos têm por ela.
Não é o caso de O Clone, em que a obsessão de Odete pelo Piscinão de Ramos arranca risadas da herdeira da intérprete. "O bordão 'Cada mergulho é um flash!' é falado até hoje. Soube recentemente que alguém até tatuou essa frase! A Odete foi realmente uma personagem muito importante e um divisor de águas na vida dela", contou.
Filha da atriz com o músico Mister Ruffino (1953-1013) --baixista do grupo Tutti-Frutti, sucesso nos anos 1980--, Thati, além de atriz, trabalha como produtora artística na Bendita Agência. A empresa tem projetos com nomes como Henri Castelli e Eri Johnson --um dos colegas de Mara em O Clone.
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Nas redes sociais, a filha da veterana costuma relembrar o legado da mãe --especialmente para os mais novos. "Fico triste quando percebo que os mais jovens não sabem quem ela é. Ao mesmo tempo, muitos se surpreendem e dizem: 'Mentira que ela morreu!?'. Isso porque, nesses 12 anos, várias novelas que ela fez já foram reprisadas, então ela acaba ficando muito viva na memória do público."
A escolha da carreira foi complicada, porque a menina se sentia pressionada a ser tão boa quanto a mãe. Mesmo com a resistência inicial, Thati estreou o primeiro espetáculo aos 15 anos.
"Minha mãe nunca me influenciou diretamente, nunca me disse 'vai lá e seja atriz', mas fui criada no meio artístico. Isso estava entranhado dentro de mim. Na minha estreia, com 15 anos, eu não deixei ela ir. Tadinha… Hoje em dia, morro de dó! Depois de muitos anos, soube que ela foi e ficou escondida atrás da cortina, na porta do teatro", relembrou.
O Clone (2001) está no Vale a Pena Ver de Novo. A novela de Gloria Perez foi originalmente exibida na faixa nobre da Globo, mas já tinha sido reprisada em 2011 na sessão vespertina. Também foi apresentada no Viva em 2019 --o quarto maior sucesso do canal.
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