Éramos Seis chega ao último capítulo de cabeça para baixo; saiba por quê

O último capítulo de Éramos Seis acompanhará a história de Lola (Gloria Pires) para além das páginas finais do romance de Maria José Dupré (1898-1984). Entre as diversas mudanças feitas pela autora Angela Chaves, que viraram a trama de cabeça para baixo, o público verá a saga da matriarca chegar pela primeira vez até a década de 1940.

O folhetim começou a exibir as sequências após uma passagem de tempo na quinta (26), em que a roteirista promoveu o reencontro entre a protagonista de Gloria Pires e Alfredo (Nicolas Prattes). Nas quatro adaptações anteriores, a doceira nunca mais viu o filho encrenqueiro e recebia notícias sobre o irmão de Julinho (André Luiz Frambach) apenas por cartas.

Os rumos do personagem de Nicolas Prattes, aliás, receberão as alterações mais substanciais durante o epílogo. O marinheiro vai desconfiar que é o pai biológico do filho de Inês (Carol Macedo). Durante uma conversa com León, ele não conseguirá conter as lágrimas ao ouvir o menino falar sobre seu fascínio pelo mar.

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Com a pulga atrás da orelha, ele colocará a enfermeira contra a parede. A herdeira de Afonso (Cássio Gabus Mendes), enfim, confessará que a criança realmente é fruto da noite de amor proibido entre os dois durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Atrás da porta, Lúcio (Jhona Burjack) se decepcionará ao perceber que a mulher colocou o maior segredo do casal em risco.

REPRODUÇÃO/TV GLOBo

Alfredo (Nicolas Prattes) reencontra Lola (Gloria Pires) em sequência do folhetim das seis

Nova década

Adelaide (Joana de Verona) também dará as caras no episódio derradeiro para ter um final feliz. Ela largará o noivado com um conde italiano, como na versão exibida pelo SBT em 1994, e terá um relacionamento moderninho com Alfredo.

Casada com Afonso, Lola se tornará uma avó devota a Cecília, a herdeira de Isabel (Giullia Buscacio) e Felício (Paulo Rocha). No livro, a sobrinha de Clotilde (Simone Spoladore) se torna mãe de um menino, que ganhou o nome de Carlos em homenagem ao personagem de Danilo Mesquita. Por conta do preconceito da época, a viúva de Júlio (Antonio Calloni) sequer chegou a conhecer o garoto.

Para esses diversos finais felizes, Angela também não pôde se basear nos roteiros de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho (1945-2019). Os scripts foram ponto de partida para recontar a história, porém eles terminam justamente nas cenas em que Lola se muda para o asilo de madre Joana (Nicette Bruno).

Em sua participação especial como Tereza, a atriz Irene Ravache chegou a repetir algumas de suas falas como a protagonista da versão no SBT. Em uma conversa com Lola no jardim do pensionato de freiras, ela falou sobre a sua tristeza em "dias de chuva". A metáfora foi usada nas últimas cenas da produção de Silvio Santos.

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