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SOOU MAL

De paraense falso a americano tosco: Os sotaques mais detonados das novelas

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Montagens com imagens das atrizes Bruna Marquezine em I Love Paraisópolis (2015) e Claudia Abreu em Geração Brasil (2014)

Bruna Marquezine em I Love Paraisópolis (2015) e Cláudia Abreu em Geração Brasil (2014)

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 14/11/2022 - 6h56

O sotaque carioca e com quantidade excessiva de gírias de Chiara, papel de Jade Picon em Travessia, tem rendido críticas à atriz e à direção do folhetim. A estreante se junta a um grupo formado por Bruna Marquezine, Claádia Abreu, Camila Queiroz, Juliana Paes e Isis Valverde: todas já foram detonadas por sotaques fora do tom em novelas da Globo. 

Bruna Marquezine passou pelo inverso do que Jade vive atualmente. Ela tem naturalmente sotaque carioca, mas tentou puxar mais para o jeito de falar de paulistanos em I Love Paraisópolis (2015). A empreitada não deu muito certo. 

Já Cláudia Abreu se deu mal em Geração Brasil (2014), na qual interpretava uma norte-americana que vinha para o Brasil. A novela como um todo foi um fracasso, e o núcleo gringo teve boa parte de culpa nisso. 

Relembre cinco sotaques das novelas que foram criticados pelo público:

Reprodução/tv globo

Bruna foi criticada por sotaque

Bruna Marquezine

Bruna Marquezine foi a protagonista de I Love Paraisópolis, uma garota que nasceu e cresceu numa das maiores favelas do país, na capital paulista. Por isso, ela tentou fazer um sotaque paulistano, que soou imediatamente estranho na voz dela. A própria atriz confessou que a tarefa de falar "paulistanês" foi difícil:

"No início, quando eu tive que neutralizar meu sotaque de carioca, que é bem puxado, foi um pouco difícil até eu me acostumar. Com as gravações, a gente começa a praticar mais e fica mais fácil. Mas no início foi um pouco complicado", disse ela à revista Caras.

reprodução/tv globo

Camila Queiroz em Pega Pega

Camila Queiroz

Já Camila Queiroz passou pelo processo contrário. Natural do interior de São Paulo, ela buscou o sotaque carioca para interpretar Luiza, a protagonista de Pega Pega (2017). A atuação da atriz logo virou motivo de críticas e piadas nas redes sociais. 

"Até eu me estranhei, no início. Nunca havia falado como carioca. Mas não ligo para essas críticas. Aprendi que o público funciona assim", explicou ela à revista Veja.

reprodução/tv globo

Cláudia Abreu fez sotaque americano

Cláudia Abreu

Geração Brasil foi um fracasso de público e crítica, e a personagem de Cláudia Abreu não saiu ilesa. Ela interpretou Pâmela Parker, uma atriz natural dos Estados Unidos. A personagem falava português, mas com sotaque norte-americano carregadíssimo, o que a tornou (ainda mais) chata aos olhos dos telespectadores. 

Cláudia Abreu também foi criticada pelo sotaque de Chayene em Cheias de Charme. A personagem era piauiense, mas os trejeitos vocais da atriz foram criticados por habitantes do Estado. 

reprodução/tv globo

Juliana Paes foi criticada por sua voz

Juliana Paes

Protagonista de A Dona do Pedaço (2019), Juliana Paes mudou seu sotaque durante a novela. No início da segunda fase, a personagem Maria da Paz apareceu com tom de voz e jeito de falar diferentes do que o público estava acompanhando. Até Jojo Todynho detonou: "Estou deixando a minha revolta quanto a essa voz horrorosa de Maria Boba [Maria da Paz]. Que voz é essa da Maria Boba?", questionou ela.

Na ocasião, a atriz tinha descoberto cistos nas cordas vocais, além de um edema e de stress que lhe causou rouquidão. Após passar por tratamento, ela disse que havia baixado seu tom de voz. A atriz também concordou com um comentário de um fã no Instagram, que disse que a mudança de voz era parte da construção da personagem --uma mulher que migrou do interior para São Paulo e passou a falar de forma diferente. 

reprodução/tv globo

Paraenses criticaram Ritinha (Isis Valverde)

Paraenses em A Força do Querer

A Força do Querer tinha um núcleo paraense, formado por Isis Valverde, Marco Pigossi, Zezé Motta, Dandara Mariana, entre outros. Como um todo, os atores foram criticados por seus sotaques em cena: moradores de Belém, capital do Pará, foram às redes sociais (especialmente ao perfil de Gloria Perez) para reclamar de expressões usadas de forma errada e para o sotaque mais puxado para uma vertente nordestina. 

"Faz parte desse bairrismo disfarçado que existe no Brasil, que não observa com detalhes cada região e suas peculiaridades. Então, para a novela, está tudo bem ter sotaque nordestino, porque na generalização é tudo Norte", disse o cineasta amazonense Sérgio Andrade em entrevista à Folha de S.Paulo.


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