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De farsa com Silvio Santos a picuinha na Globo: O passado de Walcyr Carrasco na TV

Estevam Avellar/TV Globo

O autor Walcyr Carrasco na festa de lançamento de A Dona do Pedaço, seu atual trabalho na Globo - Estevam Avellar/TV Globo

O autor Walcyr Carrasco na festa de lançamento de A Dona do Pedaço, seu atual trabalho na Globo

REDAÇÃO

Publicado em 3/6/2019 - 5h43

Walcyr Carrasco voltou a ser o rei do Ibope da teledramaturgia: logo na segunda semana, sua nova novela, A Dona do Pedaço, já teve mais audiência do que todos os capítulos da anterior, O Sétimo Guardião. Mas, antes de se consagrar no horário nobre da Globo, o autor assinou trabalhos fracassados em outras emissoras e enfrentou trajetória errante.

Após trabalhar como jornalista em jornais e revistas, Carrasco começou a escrever livros infantis e peças de teatro nos anos 1980. Em 1989, estreou nas novelas com Cortina de Vidro, no SBT.

Primeira novela brasileira exibida pelo SBT após três anos sem produções nacionais de teledramaturgia, Cortina de Vidro foi um grande flop. Uma das protagonistas foi Sandra Annenberg, que vivia uma ponta de um triângulo amoroso que também envolvia o milionário Frederico (Herson Capri) e a bailarina Branca (Betty Gofman).

Carrasco teve um problemão no meio da trama: o prédio Dacon, na zona sul de São Paulo, que era a tal cortina de vidro do título e servia de cenário para a trama, foi vendido e não seria mais emprestado à novela. Sem recursos para reconstruir cenários em estúdio, o autor causou a destruição do edifício, uma tragédia que eliminou vários personagens sem função na história.

Depois de Cortina de Vidro, ele escreveu três minisséries para a Manchete: Rosa-dos-Rumos (1990), O Guarani (1991) e Filhos do Sol (1991). A segunda, baseada no romance de José de Alencar e protagonizada por Angélica e Leonardo Brício, foi uma superprodução para a época.

reprodução/sbt

A atriz Taís Araújo caracterizada como Xica da Silva, em novela escrita por Walcyr Carrasco

Enganando Silvio Santos

Cinco anos depois, Carrasco conseguiu emplacar seu primeiro grande sucesso na TV, mas de maneira controversa. Ele foi autor de Xica da Silva (1996), novela protagonizada por Taís Araújo na Manchete, mas nessa época era também funcionário do SBT. Ganhava R$ 50 mil mensais para atuar como consultor de teledramaturgia.

Para manter os dois empregos em emissoras diferentes, Carrasco escreveu Xica da Silva sob o pseudônimo de Ádamo Angel. Mas não conseguiu enganar Silvio Santos por muito tempo: a farsa foi descoberta em abril de 1997, na metade da trama, pelo jornalista Ricardo Valladares, da revista Veja.

Mesmo assim, o autor conseguiu se safar. Continuou escrevendo a novela da Manchete até o final, como Ádamo Angel, e não só não foi demitido do SBT como também ganhou de Silvio Santos o convite para assinar outra novela. Escreveu, então, Fascinação, no ar em 1998.

reprodução/globo

Os atores Deborah Secco e Luigi Baricelli formaram par romântico na novela A Padroeira

Tropeços e rixa na Globo

Carrasco foi finalmente contratado como autor da Globo em 2000, onde fez sucesso com O Cravo e a Rosa (atualmente reprisada pelo canal Viva). Sua novela seguinte, no entanto, não teve o mesmo sucesso.

A Padroeira (2001) foi uma história que se passou no Brasil do século 18 e tinha como plano de fundo a descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida por pescadores. O autor é devoto da santa, mas ela não fez milagres no Ibope.

Carrasco também esteve envolvido em outro fracasso da emissora: assumiu a autoria de Esperança (2002) após Benedito Ruy Barbosa se ausentar por problemas de saúde. A novela terminou com 38 pontos de média geral, resultado considerado péssimo na época.

Nos anos seguintes, no entanto, Carrasco conquistou os telespectadores com novelas de época às 18h, como Chocolate com Pimenta (2003) e Alma Gêmea (2005). Ao migrar para a faixa das 19h, também teve boa repercussão com Caras & Bocas (2009).

Em 2011, teve alguns contratempos em Morde & Assopra. Ele foi acusado por Aguinaldo Silva de copiar uma trama de sua novela das 21h, Fina Estampa. Em ambas as produções, havia uma mãe que era renegada por seu filho por ser pobre. Aguinaldo dava várias indiretas venenosas a Carrasco em seu blog e em seu perfil no Twitter.

Quando Carrasco ganhou espaço no horário nobre, em Amor à Vida (2013), Silva continuou com suas críticas veladas. Agora, no último dia 18, Aguinaldo comentou o fim de sua novela no site oficial de O Sétimo Guardião e até fez um discreto elogio a Carrasco.

"A vez agora é do Walcyr, um trabalhador compulsivo como eu, capaz de dar o próprio sangue para oferecer o que pode fazer de melhor aos telespectadores", disse.

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