Capitão de Rodrigo Lombardi é assassinado com três tiros à queima-roupa

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MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 15/3/2016 - 6h02

O ator Rodrigo Lombardi já gravou toda a sua participação em Velho Chico, nova novela das nove da Globo. Intérprete do capitão Ernesto Rosa, ele sai de cena no oitavo capítulo, quando o personagem será assassinado por um matador de aluguel. O público verá o capitão morrer ao mesmo tempo em que o padre termina de celebrar o casamento de Afrânio (Rodrigo Santoro) com Leonor (Marina Nery). A sombra do assassino surgirá no porto, sacando a arma para Rosa, que arregalará os olhos antes de ser alvejado por três tiros à queima-roupa.

"É uma jornada épica", resume Lombardi. A morte do capitão Rosa servirá para atiçar a raiva entre a sua família e a rival, além de revoltar o povo da fictícia Grotas de São Francisco. "Depois de vermos o conflito dele com Jacinto [Tarcísio Meira] e com Afrânio, a novela vira um romance para, então, se tornar um folhetim clássico, como a gente conhece", diz Lombardi.

O assassinato do personagem está previsto para ir ao ar na próxima terça (22). O corpo do capitão cairá lentamente. Belmiro (Chico Diaz) tentará socorrê-lo, mas já será tarde demais. Com a morte do marido, Eulália (Fabiula Nascimento) ficará devastada, mas mostrará que é uma mulher muito mais forte do que todos pensam.

Rodrigo Lombardi tinha acabado de se "desconectar" de Alex, o protagonista de Verdades Secretas, quando foi convidado para interpretar o herói da primeira fase da trama de Benedito Ruy Barbosa. Não estava nos planos dele voltar tão rápido à TV, mas o ator afirma que um convite da dupla Benedito Ruy Barbosa e Luiz Fernando Carvalho (diretor-geral), com quem havia trabalhado em Meu Pedacinho de Chão, é irrecusável. Além disso, a temática da novela o atraiu demais.

Rio condenado

"A gente tem que mostrar um país que é nosso, que está aí acontecendo, sofrendo. Eu visitei lugares que eu não sabia que existia ou nunca tinha ido, como o rio São Francisco. A gente vê e não tem noção da quantidade de água que tem ali e que vai acabar. Está condenado. Está morto e ninguém fez nada. É um rio que vai virar mato. É isso que a gente está querendo mostrar nessa trama", denuncia Lombardi.

Mesmo sendo uma participação de apenas oito capítulos, ele conta que fez estudos como qualquer outro ator do elenco. Nos workshops, eles estudaram a cultura regional, religião, lendas e prosódia. Toda a busca foi atrás da brasilidade perdida. "A gente perdeu a nossa identidade com o passar dos anos e temos de correr atrás do prejuízo. Essa novela vem para resgatar isso", fala.

"Morto" na trama, o ator conta já está filmando o longa-metragem O Olho e a Faca e vai ficar 15 dias em uma plataforma de petróleo. A produção é o drama de um petroleiro e mostrará como um grupo de amigos se mantém unido para aliviar as dificuldades enfrentadas pelo isolamento em alto-mar.

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