Ator sofre para gravar cenas de sexo em Pantanal: 'Cheio de dedos'

Juliano Cazarré teve dificuldades para gravar cenas de sexo de Pantanal. O ator sentiu medo de ser mal interpretado pelo público diante dos debates sobre assédio sexual. "Hoje em dia, eu fico muito cheio de dedos e tomo cuidado na cena, para deixar todo mundo confortável e sem se sentir mal", declarou o artista. Ele viverá o peão Alcides na segunda fase da novela das nove da Globo. 

"Essas cenas que envolvem intimidade nunca são confortáveis. Ao longo da carreira, fiz um monte de outras coisas que também não são confortáveis porque fazem parte do papel. Quando faço, tenho que fazer bem, o melhor possível", assegurou ele, em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

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De acordo com o ator, porém, o personagem terá poucas sequências deste gênero. O mote de Alcides no folhetim é a vingança. "Ele o tempo todo é devorado por esse ódio do Tenório [Murilo Benício], que marcou sua vida de maneira excepcional e definitiva. Ele sabe que cresceu sem pai por culpa desse crápula", contou o artista.

O aprofundamento nas origens do capataz é uma das novidades do folhetim de Bruno Luperi. Na primeira versão da novela, pouco se sabia sobre o passado do homem rústico, então interpretado por Ângelo Antônio. A rixa com o fazendeiro (Antônio Petrin em 1990) começou mesmo depois que o peão se envolveu com a mulher do vilão, a sofrida Maria Bruaca (Ângela Leal em 1990; Isabel Teixeira no remake).

Os dois foram flagrados pelo pecuarista, que decepou o órgão genital do peão. A cena registrou uma das maiores audiências da produção da Manchete (1983-1999) e deverá ser refeita nesta nova versão.

Ainda assim, Alcides tentará não sujar as mãos de sangue. "Se aparecesse outra pessoa e matasse o Tenório, para o Alcides, seria melhor", explicou o intérprete. Na versão original, porém, o boiadeiro matou seu algoz. Ele cravou uma lança no peito do fazendeiro e o atirou para as piranhas.

Originalmente escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela das nove da Globo é uma adaptação de Bruno Luperi, neto do autor. Diferentemente de outros folhetins exibidos recentemente pela Globo, a história não está totalmente gravada e seguirá o formato de obra aberta, podendo sofrer alterações nos roteiros.

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